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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Ferrador dos tempos modernos

Havendo menos animais na agricultura e poucos cavalos em Trás-os-Montes são também escassos os ferradores de animais. Encontrámos Carlos Guerra, natural de Mirandela, que trabalha no Centro de Equitação do Parque Biológico de Vinhais.
É ferrador há cerca de vinte anos. Aprendeu com um amigo e mais tarde tirou um curso em Ponte de Lima. Carlos Guedes lida com cavalos desde criança. “O meu pai já tinha cavalos.  Foi sempre uma arte que me despertou a atenção e que gostei de aprender”, conta o ferrador que também foi jockey, corria a cavalo e já ferrava em simultâneo, tinha na altura vinte anos.

Um trabalho especial
Carlos classifica o cavalo como um animal diferente de todos os outros e sente que é privilegiado por estar em contacto com eles diariamente. “E diferente de outros animais, tem muita mais finura, são animais muito mais inteligentes e têm que ser tratados com muita mais delicadeza”, explica.

Apesar de serem animais de grande porte, diz serem dóceis para o ser humano. Enquanto ferra um cavalo explica que não é uma tarefa fácil. “O cavalo tem que estar bem aprumado, é como nós termos uns sapatos, um não pode estar mais alto que o outro. Depois temos dificuldade em andar, e se andarmos vamos magoar de um lado e depois do outro. Acontece o mesmo com os ligamentos dos animais, se o cavalo não estiver equilibrado vai ter dores e não consegue andar e pode até ficar coxo, daí a importância da ferragem”, explica.

Neste Centro Hípico exerce a função de ferrador e é professor de equitação. Lamenta não haver mais ferradores,  como causa aponta talvez a dificuldade de a exercer. “É uma arte muito difícil, é preciso  ter gosto pelo que estamos a fazer ”, lamenta. Ainda acrescenta que há, infelizmente, ferradores que não exercem da melhor forma. “Tenho pena que alguns ferradores não se aperfeiçoem como devia ser porque os animais merecem estar bem ferrados, bem equilibrados, para se sentirem bem no dia-a-dia e no trabalho que fazem”, conclui Carlos Guedes, enquanto termina de ferrar mais um cavalo.

Revista Raízes

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