Desta vez não contamos uma história de amor de uma moura mas sim o fim trágico de um ato de solidariedade de um mouro que só quis ajudar um cristão. A freguesia de “Cabeça de Mouro”, ainda hoje existe no concelho e Torre de Moncorvo, a história conta o porquê deste nome.
Existe uma história associada ao lugar de “Cabeça do Mouro”, no concelho de Torre de Moncorvo. Reza a lenda que um cavaleiro cristão, ao passar por este local, cansado e cheio de sede encontrou um nascente. Rapidamente desceu para poder matar a sede mas ao se aproximar da água percebeu que a nascente estava cheia de víboras e escorpiões, o que levou a dar um salto com o susto que apanhou.
Apesar de ter oferecido auxílio foi decapitado no momento em que encantava os bichos, ou seja, no momento em que prestava ajuda ao mouro que bebia no nascente.
Um estranho homem apareceu…
Intrigado com que tinha acabado de ver mais ainda ficou quando ouviu uma voz que o questionou:
– “Então tens sede e não bebes?”
Disse um homem desconhecido. O cristão respondeu que não podia beber pois a água estava cheia de bichos e tinha medo de ser mordido. O homem que o questionou era um mouro que se prontificou a matar a sede deste homem, dizendo que podia beber descansado. O mouro assumiu que tinha poderes e que ia conseguir encantar as víboras e os escorpiões enquanto o cristão bebia.
Neste lugar no concelho de Torre de Moncorvo diz-se as víboras e os escorpiões destas redondezas são inofensivos para o homem e não há notícia de que alguma vez tenham feito algo de mal a alguém.
A maldade do cristão …
O que acontece de seguida é bastante surpreendente visto que o mouro ofereceu a sua ajuda ao cristão. Apesar de ter oferecido auxílio foi decapitado no momento em que encantava os bichos, ou seja, no momento em que prestava ajuda ao mouro que bebia no nascente. Sem piedade o cristão puxou da espada e cortou a cabeça ao homem que o tinha ajudado a matar a sede.
Local ficou conhecido como “Cabeça de Mouro”
Neste lugar no concelho de Torre de Moncorvo diz-se as víboras e os escorpiões destas redondezas são inofensivos para o homem e não há notícia de que alguma vez tenham feito algo de mal a alguém. Isto ao contrário de outros sítios onde existem muitas histórias de mordidas destes animais. Também no lugar da nascente existe hoje uma fonte de água fresca, conhecida como a fonte de “Cabeça de Mouro” e pura que é alvo de muita procura no Verão.
Revista Raízes
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(Henrique Martins)
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