quarta-feira, 26 de junho de 2019

Comunicado | Galandum Galundaina - Associação Cultural

Relativamente à publicação recente, no site, newsletter e facebook da AEPGA – Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino com o título “Comunicado: AEPGA tomou a decisão de não concretizar a organização do L Burro I L Gueiteiro – Festival Itinerante da Cultura Tradicional” queremos esclarecer algumas questões levantadas pelo mesmo.

Entenda-se que a AEPGA não tomou a decisão de não concretizar a organização do L Burro i L Gueiteiro. A AEPGA tomou, unilateralmente, a decisão de não o querer organizar, este ano, com Galandum Galundaina – Associação Cultural.
Galandum Galundaina – Associação Cultural teve a ideia, em 2002, de realizar este Festival Itinerante de Cultura Tradicional dando-lhe o nome de “L Burro i L Gueiteiro”, inspirado nos velhos gaiteiros que se deslocavam de terra em terra de burro, tendo convidado a AEPGA, na pessoa da Cândida Adelaide Viana, fundadora da associação e sua presidente à data, para fazer parte do mesmo. Desde aí tem vindo a realizar-se aquele que é, sem dúvida, um festival que se tornou uma importante plataforma na promoção da cultura da Terra de Miranda, através das gaitas e dos burros de raça mirandesa, que tão bem têm sido recuperados por parte da AEPGA. 
Em fevereiro, quando finalmente a AEPGA acedeu a reunir para discutir o balanço financeiro do ano anterior (2018), a AEPGA propôs a Galandum Galundaina – Associação Cultural que a Palombar (curiosamente nem referida no comunicado emitido) fizesse parte integrante da estrutura organizativa do Festival, em iguais condições com as outras duas associações, mediante a criação de um agrupamento de associações, do qual a AEPGA seria a auto nomeada coordenadora. Foi-lhes dito, pessoalmente e por escrito, várias vezes, que os responsáveis por obrigar o festival seriam, apenas e em partes iguais, Galandum Galundaina e AEPGA, podendo a Palombar ou qualquer outra associação participar com iguais direitos e deveres na comissão organizadora que se formaria a cada ano. Esta proposta, sob a forma de Memorando de Entendimento, foi sucessivamente negligenciada e recusada por parte da AEPGA que, insistiu cegamente em que se discutisse apenas uma estrutura a três, com a Palombar.
Considerando que os órgãos sociais da Palombar são em grande parte constituídos pelos mesmos que fazem parte da AEPGA e vendo que estava a ser empurrado para fora de um festival que tinha criado, e para o qual convidou a AEPGA, Galandum Galundaina – Associação Cultural tomou a iniciativa, ponderada, de registar a marca que criou, junto do Instituto Nacional da Propriedade Intelectual, algo que, de facto, deveria ter sido feito aquando da primeira edição. 
Esta situação levou a que os elementos de Galandum Galundaina – Associação Cultural fossem removidos da administração da página de facebook do L Burro i L Gueiteiro”. No entanto, manteve-se, expressando-o por escrito, a firme intenção de continuar a querer manter a colaboração com a AEPGA na realização do festival. Querendo constituir uma entidade exclusivamente para esse fim sob a qual ficaria, naturalmente, o registo do festival e com o objetivo de centralizar contas e bens de uma atividade desenvolvida a dois, foi novamente proposta a abertura de uma conta por ambas as associações.
Não se desbloqueando a situação da estrutura organizativa, e dada a falta de resposta a questões exclusivamente relacionadas com a produção da edição deste ano, a AEPGA foi questionada diretamente se estaria disposta a organizar, com Galandum Galundaina – Associação Cultural, “com total conhecimento do projeto/financiamentos e respectivo relatório de atividades/contas de forma séria e clara” sendo estas, e a abertura de uma conta bancária por parte das duas associações, as únicas condições para a organização da presente edição, ficando o compromisso de discutir e acertar uma estrutura organizativa para o futuro, nos meses seguintes à edição de 2019.
A resposta surgiu em forma de comunicado que todos conhecem alegando que “deixou de existir uma partilha de valores e objectivos comuns” e com intimidação por mail, de eventual recurso aos tribunais. 
Percebemos tardiamente que temos vindo a ser afastados, lentamente, da organização e das burocracias deste festival mas, em boa verdade, nunca deixámos de assumir quaisquer compromissos que nos tenham proposto, mesmo nas edições em que não estivemos tão presentes. 
Contudo a nossa manifestação pública nunca poderia ter lugar antes de o fazermos junto da Câmara Municipal de Miranda do Douro, na pessoa do seu presidente, por uma questão de princípio e porque este festival é uma marca do município e da região. O apoio que a Câmara Municipal de Miranda do Douro anualmente concede ao festival, encontra-se cabimentado à AEPGA, que o solicitou apenas em seu nome e como tal, não será entregue este ano.
Agradecemos os inúmeros contactos que nos foram endereçados dando-nos força, ânimo, motivação e até mesmo voluntariando-se para colaborar na organização da edição deste ano, do festival que, por muito que queiramos, não se realizará, no entanto contamos com todos para o ano em Fonte de Aldeia e Picote de 22 a 26 de julho.
Tal como no primeiro momento, o convite feito à AEPGA, a quem agradecemos pela colaboração ao longo destes anos, para conjuntamente participar na estrutura organizativa do Festival Itinerante de Cultura Tradicional L Burro i L Gueiteiro mantém-se.
Galandum Galundaina Associação Cultural não quer, nem nunca quis o nome nem a pertença do Festival Itinerante de Cultura Tradicional L Burro i l Gueiteiro para si. Este é um festival da Terra de Miranda e assim queremos que se mantenha, já no próximo ano, como o melhor festival do mundo!

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