terça-feira, 25 de junho de 2019

Paradela, Miranda do Douro, voltou a abrir portas ao “Há Festa na Aldeia”

Paradela, no concelho de Miranda do Douro, esteve este fim-de-semana em festa. A iniciativa de desenvolvimento rural “Há Festa na Aldeia” animou a localidade mais oriental de Portugal.
Não faltaram, ao longo do fim-de-semana, oficinas de dança tradicional, espectáculo de marionetas, passeios com burros, actuação de gaiteiros e grupo folclórico, mercado e tascas da aldeia e um concerto com o grupo Roncos do Diabo. Uma oportunidade para dinamizar a aldeia, promover o convívio e divulgar o património e cultura local, que não deixa indiferente os visitantes nem locais. “No ano passado também já estivemos aqui e gosto muito pelo ambiente que há, pela gente. É muito tradicional”, revelou uma visitante de Espanha. “Tivemos conhecimento desta festa e viemos ver como era. É engraçado”, disse outra visitante. “Está muito bom. Vem muita gente de fora e isto fica muito animado”, confessou um local.

Esta foi também uma oportunidade para venda e promoção de produtos locais. “Somos produtores de mel. Isto é um evento de terras e tentamos ajudar e acompanhar. Temos petiscos e vinho tradicional. São eventos bonitos e dão vida às aldeias”, disse um expositor. “Além das máscaras temos um doces caseiros. O azeite e o mel têm saído mais para os espanhóis, sobretudo”, disse outro vendedor. “Gosto de todo o cuidado que têm em manter tudo o mais aproximado ao que era antigamente e fica bem porque é uma forma também de mostrar a nossa aldeia”, revelou uma comerciante local.

Ana Margarida Almeida, da ATA Aldeias de Portugal, que organiza a iniciativa com o apoio do Portugal Inovação Social e em parceria com o município, explica que encontraram um grande envolvimento da comunidade local. “Paradela é uma aldeia muito especial para nós e não começou a ser especial no dia da festa mas logo durante as montagens. Foram todos muito prestáveis e simpáticos. É muito gratificante para nós. É um projecto a três anos, este é o segundo, e para o ano o financiamento termina mas isso não quer dizer que o projecto termine e a ideia é que continue até porque queremos que haja transferência de tarefas, que as pessoas se apropriem do projecto e possam ajudar a dinamizá-lo”.

Das oito festas programadas no âmbito deste projecto no país, depois de Paradela, Talhas em Macedo, Rio de Onor em Bragança e Bemposta em Mogadouro vão também acolher a iniciativa.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro

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