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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Bragança: o novo farol gastronómico do norte de Portugal

Da famosa alheira aos menos conhecidos butelo e casulas, e passando pelos pratos de caça, a cozinha tradicional transmontana é, garantidamente, forte em aromas e sabores. Mas, existem restaurantes, que buscam novos horizontes gastronómicos, a partir da excelência dos produtos e do conhecimento dos mais antigos. Depois da família Geadas, que tem como laboratório o Restaurante G, na Pousada de Bragança, a cidade recebeu recentemente, o novo projeto André Silva, batizado de Porta Restaurante. 
O chefe deixou a Casa da Calçada, onde manteve a estrela Michelin e o Garfo de Ouro, do Guia Boa Cama Boa Mesa, para se aventurar em Trás-os-Montes. Bragança começa a assumir-se como um novo farol gastronómico de Portugal, com a cozinha de autor a chamar os holofotes e a ajudar também a divulgar e elogiar a gastronomia desta região. 
Siga a rota Boa Cama Boa Mesa pelos melhores restaurantes e tascas de Bragança.
Restaurante G - MANUEL TELES
Restaurante G
Com as obras de remodelação na Pousada de Bragança a terminarem, a cozinha do Restaurante G tem, finalmente, condições de brilhar (ainda mais) e de colocar o destino que para uns é mais do que remoto, no centro das atenções gastronómicas nacionais. Liderado por Óscar e Tó Gonçalves, uma dupla oriunda de uma família com pergaminhos na gastronomia local, o restaurante deu à cidade um espaço que, de forma ousada, soube misturar sabores locais com técnicas modernas, fazendo sempre prevalecer o produto e a região. Em 2017, o Restaurante G renovou o Garfo de Ouro confirmando a evolução da aposta que merece ser provada através dos vários menus de degustação. Para memória futura ficam propostas como a bola de Berlim com queijo Terrincho e presunto bísaro e o Ferrero Rocher de alheira com amêndoa e ouro comestível. O restaurante, com uma vista magnífica para o Castelo de Bragança, distingue-se também pelas propostas vínicas, com sugestões inusitadas e preferencialmente da região. Preço médio: €45.
Pousada de Bragança, Rua Estrada do Turismo, Bragança. Tel. 273 331 493

Porta Restaurante
Aos poucos, Bragança aproxima-se do centro da gastronomia nacional. André Silva, um chefe com Garfo de Ouro do guia Boa Cama Boa Mesa e estrelas do Guia Michelin é a prova disso. A mais recente aposta deste brilhante cozinheiro é o Porta Restaurante, de nome simples, mas cheio de sabores genuínos e apresentações sofisticadas, óbvias para grandes centros urbanos, mas atrevidas para uma capital de distrito como Bragança. A carta está estruturada em três atos, leia-se menus de degustação (entre €35 e €70), e uma carta que além de técnica, revela forte identidade e criatividade. As propostas Javali e castanha, com molho de vinho tinto, alho negro, torresmos, maça (€17) e a Vitela Maturada e alcachofras, que acompanham com Cherovia, mouriles, molho de vinho tinto, espargos (€21) são provas da ligação entre técnica e regionalidade. A bola de alheira servida na língua de um tradicional Careto, um deleite para todos os sentidos. Uma palavra ainda para a jovem equipa da cozinha, onde aparece Gerson Oliveira, vencedor da última edição da Revolta do Bacalhau, e braço direito de André Silva na condução dos tachos.
Largo Forte São João de Deus 204, Bragança. Tel. 273 098 516

D. Roberto
A decoração, com as paredes em pedra cheias de inúmeros utensílios agrícolas é a primeira coisa que chama a atenção nesta casa transmontana recuperada, onde habita o restaurante D. Roberto. Acumula quatro áreas distintas, para que ninguém se sinta defraudado: duas salas de refeições, taberna típica, para visita petisqueira, e uma loja de produtos regionais transmontanos. Na típica loiça pintada a azul são servidos os enchidos da região, nomeadamente a Alheira de Vinhais assada ou o Cordeiro Bragançano DOP assado, servido com batata a murro e legumes. Esta é uma terra (e um restaurante) dedicado à carne, nomeadamente ao porco Bísaro e a caça (javali e perdiz, apresentados em pratos para duas pessoas). Na sobremesa destaque para o Pudim de castanha e para os Milhos doces com compotas. Preço médio: €20.
Rua Coronel Álvaro Cepeda, 1, Gimonde. Tel. 273 302 510

O Geadas
Muitos dos que se sentam à mesa do elegante restaurante O Geadas desconhecem a bonita história familiar que a cozinha guarda. Nos fogões, lidera Iracema Gonçalves, já lá vão muitos anos. Os filhos, Óscar e António, seguiram-lhe o gosto e, depois de apurada formação, renovaram a ementa, tornando-a mais contemporânea e garantindo as raízes transmontanas. É desta forma que duas gerações evoluem para prazer dos comensais, que aprovam, com aplauso, pratos como perdiz estufada com castanhas, depois de se deliciarem com salpicão de Vinhais e queijo Terrincho. Não deixe de provar o pudim de castanhas. Garrafeira regional com diversos tesouros. Preço médio: €25
Rua Damasceno de Campos, Bragança. Tel. 273 326 002

Solar Bragançano
Há mais de 30 anos que o restaurante Solar Bragançano, sob a batuta de António Desidério e Ana Maria, dá cartas na restauração transmontana. Numa casa setecentista reina o requinte. Da decoração, do atendimento, e da comida. E que se vê em pormenores como os castiçais que decoram cada mesa, as tolhas e guardanapos de pano, os copos da Marinha Grande ou a água servida num jarro de vidro e prata. Numa ementa fixa e onde é difícil escolher destaque para os pratos de caça, nomeadamente a Perdiz com uvas e frutos silvestres, o Arroz de lebre à moda do solar ou o Coelho bravo à Monsenhor. Acompanhe com vinho Solar Bragançano e termine com a imperdível Abóbora dourada. Preço médio: €25.
Praça da Sé, 34 - 1º, Bragança. Tel. 273 323 875

O Bem Falado – Tio Artur
O nome vem de uma das mais carismáticas figuras da cidade de Bragança, conhecido pela boa disposição e pela proximidade com os estudantes do Instituto Politécnico. O reconhecimento é tal que acabaram por dar o nome do taberneiro a parte da Rua da Terra Fria. Uma homenagem aplaudida por toda a população e pelos muitos visitantes que procuram os Rojões, a Codorniz e ainda o Chouriço e a Alheira, os principais petiscos que ali se servem. Mas há mais propostas, muitas delas sazonais, ou então criadas consoante o que há nos mercados e nos produtores locais. O espaço faz parte do roteiro obrigatório dos caloiros da cidade que usam o restaurante O Bem Falado - Tio Artur como uma espécie de cantina. Prove a Charabanada, uma bebida que mistura vinho branco, cerveja, açúcar e refrigerante de sabor a limão, bastante popular entre os mais novos. Preço médio: €10.
Rua Tio Artur, 10, Bragança. Tel. 273 324 178

Taberna do Javali
Aproveitando, bem, a experiência e o conhecimento adquirido em família (a referência é o restaurante O Javali, Flávio Gonçalves aventurou-se dentro das muralhas do Castelo de Bragança, com um conceito descontraído, mas não menos saboroso, batizado de Taberna do Javali. O menu pode começar com pequenas tapas de perdiz de escabeche, seguidas de sandes de javali ou de um, inesperado hambúrguer de… javali. Existem outras opções como o presunto de cebolada, os rojões e diversos enchidos e queijos. Junto à lareira, no inverno, ou na esplanada, no verão, aqui o javali é rei e senhor. Preço médio: €15
Rua D. Fernando Bravo, 46/48, Bragança. Tel. 936 854 789

Tasca do Zé Tuga
"Se quer comer, bem venha cá!" Este é o lema da Tasca do Zé Tuga, que acrescenta ao nome: “vinho, petiscos & conversa”. Magnificamente localizada dentro das muralhas do Castelo de Bragança, abriu portas em 2015, com objetivo de recrear as antigas tabernas e, ao mesmo tempo, dar a conhecer os produtos da região. Por aqui, servem-se desde tábuas queijos e enchidos até pregos e hambúrgueres de carne mirandesa e até uma cerveja artesanal de castanha. Se optar pelo menu, conte com cinco momentos, das entradas até à sobremesa. Informe-se ainda que esta tasca nasceu da vontade e sonho de Luís Portugal, que ganhou notoriedade pela participação no programa MasterChef Portugal. Preço médio: €20.
Rua da Igreja, 66, Bragança. Tel. 273 381 35


(Texto adaptado do artigo publicado no Expresso Diário de 18/01/2018)

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