Carla Alves, que falou à margem da décima quarta edição da Rural Castanea, que aconteceu, este fim-de-semana, em Vinhais, sublinhou que estes números traduzem a vitalidade do sector. “Temos agora mais 66 candidaturas e, falando do concelho de Vinhais, com mais 540 hectares de área plantada, num investimento de 5,3 milhões de euros, apoiado em 2,5 milhões e meio, pelo PDR 2020. são valores interessantes que mostram a vitalidade do sector porque o que ele tem de bom é a questão do escoamento da produção. Temos este lado positivo e temos um lado negativo, que é os problemas fito-sanitários que têm existido com esta cultura”.
Como já vem sendo hábito, a Rural Castanea contou com as Jornadas Técnicas do Castanheiro para que os produtores possam estar melhor informados acerca desta cultura. Um dos temas em destaque este ano foram os seguros mas, no concelho, segundo Abel Pereira, presidente da Arbórea, há pouco quem os tenha, o que se pode traduzir em problemas a curto prazo por causa das alterações climáticas. “Eu desconheço que haja algum produtor que tenha seguros. O que afecta mais a castanha são pragas e doenças, que não são cobertas pelos seguros, mas, se continuarmos assim, as intempéries naturais irão causar cada vez mais problemas”.
A feira, que começou sexta-feira e terminou ontem, acolheu mais dez expositores que no ano passado, perfazendo um total de 90. Os produtores, essencialmente do concelho, fazem um balanço positivo do certame e sublinham, em termos económicos, a importância da castanha em Vinhais. “O balanço da feira é positivo. Gosto tanto da feira que, às vezes, nem venho pelo negócio mas sim pelo contacto com as pessoas. Uma pessoa está sempre à espera da colheita da castanha porque ainda nos dá algum rendimento”, disse Ana Santos. “Já há uns anos que não vinha e este ano fiquei surpreendido”, contou Fernando Gonçalves. “Vivemos da castanha e dos animais. Vende-se bem e passou por aqui muita gente”, explicou Natália Ferreira. “Para quem é individual, seja na castanha ou fumeiro, as feiras são sempre boas porque têm mais onde vender”, referiu Elisabete Diegues.
Luís Fernandes, presidente da câmara de Vinhais, também faz um balanço positivo da feira e assegura que o melhor retorno é dar a conhecer o concelho já que, nestes dias, vários milhares de pessoas por ali passaram. “No geral correu bem. Além das vendas que as pessoas fizeram, destaca-se o facto de vir muita gente, felizmente o tempo ajudou, e, por isso, faria um balanço positivo. Pelos dados que tenho e ouvindo as pessoas, penso que foi mais ou menos como no ano passado. Vê-se que há uma grande procura e muita gente, há um retorno muito grande não só nisto mas também em termos de visitação.
A feira terminou ontem e contou, por exemplo, com o concurso concelhio da cabra preta de Montesinho, a nona Rota do Javali TT, jornadas de apicultura, chega de touros e espectáculos musicais.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves
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