O governo atribuiu às universidades e politécnicos que passam a receber menos verbas através do pagamento de propinas, uma compensação mas o politécnico de Bragança reclama semelhante visto que manteve a propina mais baixa por motivos sociais, afirma o presidente do IPB, Orlando Rodrigues. “Com a alteração desta legislação, as instituições que estavam com a propina no máximo, e que eram a maioria delas, receberam do Estado uma compensação, entre este valor actual de 871 euros e o máximo anterior, que era de cerca de 1100 euros. Essa compensação, além de ser atribuída este ano, vai ser integrada no orçamento para os próximos anos. Nós estamos a reivindicar essa compensação porque ficámos sem a possibilidade de ajustar as propinas e não é justo, quando estivemos ao longo destes anos, sobretudo nos de crise, em que não subimos as propinas, por causa dos alunos carenciados, fizemos um esforço que se traduziu em não fazer investimentos ou reduzi-los ao máximo quando outras instituições o fizeram e não é justo”.
Para Orlando Rodrigues seria uma questão de justiça e equidade que o IPB recebesse também esta compensação. “Isso é um valor de cerca de um milhão de euros no orçamento do instituto, significa 6 ou 7% do orçamento, é muito dinheiro e tem um impacto muito significativo no desenvolvimento da instituição. Somos uma instituição subfinanciada relativamente às outras, que teve preocupações sociais, e não é justo que sejamos prejudicados”.
O IPB aumentou este ano as propinas das licenciaturas e baixou o valor pago para frequentar mestrados para tornar o segundo ciclo mais atractivo. “Para manter a competitividade do instituto, em particular nos mestrados, descemos as propinas para os 871 euros, não éramos obrigados mas fizemo-lo. Subimos as propinas de licenciatura para esse valor também e anulámos a taxa de matrícula que era de 25 euros. Significou um ligeiro aumento das propinas para as licenciaturas mas uma diminuição para os mestrados. Um aluno que faça o programa integral connosco, de licenciatura e mestrado, tem uma redução significativa das propinas no seu conjunto”.
O IPB vai agora reclamar ao governo uma compensação semelhante às outras universidades e politécnicos.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Olga Telo Cordeiro
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