Armando Pacheco, vice-presidente da Federação de Agricultores de Trás-os-Montes e Alto Douro, afirma que nada está garantido em 2020. “Saber se vamos continuar a ter agro-ambientais e que tipo de subsídios ou de ajuda vamos ter para quem fizer este tipo de agro-ambientais numa altura em que se fala muito do ambiente. O futuro é muito preocupante porque nada disto está seguro. A agricultura biológica, em princípio, deverá continuar a ser subsidiada mas a produção integrada pode não ser”.
Estava previsto ser pago até dia 31 de Outubro, os subsídios atribuídos aos produtores de agro-ambientais. Segundo o Instituto de Financiamento da Agricultura e Pesca, o pagamento vai ser feito ainda na próxima semana. Já Armando Pacheco acredita que a situação se vai arrastar até ao final do próximo mês. “Não foram pagas conforme o calendário previsto as agro-ambientais. Normalmente é faseado, pagam sempre até ao fim de Outubro e a outra até ao fim do ano. Eles estão a ter falta de dotação orçamental, para este mês que pagarão no próximo mês” disse ainda.
O atraso dos subsídios, no valor de 40 milhões na região Norte, pode causar algumas dificuldades económicas aos agricultores. “É este dinheiro que mantêm muitas das actividades agrícolas uma vez que as produções estão a ser colhidas agora e muitos deles ainda não receberam. Não acredito que na nossa zona sejam postas em causa as colheitas mas pode por-se em causa o bom nome do agricultor em pagar as suas contas atempadamente”.
A possível falta de financiamento, em 2020, para a produção integrada e o atraso no pagamento dos subsídios são preocupações dos produtores da cultura agro-ambiental.
Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais
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