Em finais 1958, a extinção do Batalhão de Caçadores N. º3 (BC3), que se encontrava aquartelado no Castelo, determinou o encerramento do Museu Militar e a transferência do seu acervo para o Museu Militar de Lisboa.
Em 1966, no dia da Senhora da Graça, Padroeira da Cidade de Bragança, foi novamente reativado o BC3, ficando aquartelado nas antigas instalações do «Trinta» (agora sede da Câmara Municipal de Bragança), dado que o aquartelamento sito no Castelo havia sido entregue ao Património do Estado, que, através da Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, o mandara demolir para dar início à reconstrução das muralhas e da cintura interna do Castelo tal como hoje se observa.
Em 1975, o BC3 passou a Destacamento do Regimento de Infantaria de Vila Real.
Em 1979 com a extinção do Destacamento do Regimento de Infantaria de Vila Real, última Unidade Militar sedeada em Bragança, toda a área do Distrito de Bragança ficou sem qualquer órgão ou estabelecimento militar. Posteriormente, a pedido das gentes boas de Bragança ao então Sr. Presidente da República, Sr. General Ramalho Eanes, foi decidido reativar o antigo Museu Militar, que havia existido na Torre de Menagem do Castelo e cujo espólio se encontrava guardado no Museu Militar de Lisboa.
A 22 de Agosto de 1983 foi reativado e inaugurado o novo Museu Militar de Bragança, ocupando todo o interior da torre de menagem do Castelo de Bragança e respetivo espaço circundante. Para esse efeito foi assinado um protocolo entre a então Direção de Documentação e História Militar (agora Direção de História e Cultura Militar) como representante do Estado-Maior do Exército e a Câmara Municipal de Bragança, em que estas entidades, considerando a necessidade de implementação e funcionamento do Museu Militar de Bragança, especificaram as atribuições de cada uma.
Em 1987, pela Portaria nº106/87, de 16 de fevereiro, publicada no Diário da República nº.39-I Série, da mesma data, foi formalizada a sua criação e estabelecidas as suas missões fundamentais, reportada a 22 de agosto de 1983.
Em 14 de Janeiro de 1987 por Portaria do General CEME, foram aprovadas as armas do Museu.
O Museu ocupa hoje todo o espaço da Torre de Menagem, que é constituído por 4 pisos, cripta e terraço, totalizando 16 salas expositivas. O museu ocupa também o espaço exterior circundante e as muralhas interiores, com os seus 7 torreões e a denominada Torre da Princesa.
Do acervo exposto destaca-se, o relacionado com as Unidades Militares que estiveram aquarteladas nesta cidade e a evolução do armamento ligeiro desde o Século XII até ao Século XX. O acervo existente no Museu conta com um elevado valor histórico-cultural, não só em termos de antiguidade, mas também em termos de riqueza patrimonial.
A 22 de Agosto de 2016 o Museu Militar de Bragança cumpriu 33 anos de existência. Observa-se a grande afluência de visitas de que é alvo, sendo o museu militar tutelado pelo Exército Português mais visitado e um dos mais procurados a nível nacional, conforme dados do Instituto Nacional de Estatísticas.
Ao longo dos 33 anos de existência contabiliza uma média anual superior a 50.000 visitantes, tendo o ano de 1995 sido o de maior afluência registada com 61.090 visitantes. De assinalar também que em fevereiro de 2006 foi atingido 1.000.000 (um milhão) de visitantes a esta Instituição, tendo ultrapassado o número de 1.500.000 visitantes em dezembro de 2015.
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