A indústria mineira pode criar, nos próximos dez anos, mais de 2500 postos de trabalho diretos e indiretos em distritos como Viana do Castelo, Braga, Vila Real, Bragança, Guarda e Viseu.
Um estudo apresentado este mês defende uma estratégia que permita a Portugal tirar partido do mercado mineiro, mostrando que pode haver retorno para a economia nacional de mais de 5 mil milhões de euros e um aumento do PIB per capita, podendo mesmo ultrapassar os 10% em algumas regiões.
O estudo, promovido pela FIRMA, uma empresa de consultoria, e desenvolvido pelo investigador Mário Guedes, defende que há potencial geológico para produzir lítio em Portugal mas a indústria tem de apostar no conhecimento do território e fazer mais investimento.
O investimento de cerca de 300 milhões de euros nas minas de Neves-Corvo e de Aljustrel é usado para ilustrar esse potencial, já que permitiu "aumentar, de forma significativa, a produção de zinco e de chumbo", tornando o país numa uma referência na produção de zinco desde 2018.
Além do investimento, o investigador recomenda uma espécie de simplex no acesso à atividade porque a legislação em vigor "é antiga, desadequada e incompleta, face às atuais necessidades das empresas que pretendem investir no setor".
O estudo "Estratégia Nacional de Mineração na Era da Eletrificação da Economia" recomenda também mais mecanismos de financiamento para o setor quer do Estado, quer de entidades privadas, utilizando a fiscalidade como "incentivo aos investidores face ao risco da atividade".
Sara de Melo Rocha
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