Em causa estão os trabalhos da Lista Vermelha de Invertebrados, um projecto financiado por fundos comunitários que tem como objectivo avaliar o estatuto de conservação de centenas de espécies, incluindo insectos, moluscos de água doce, crustáceos e aranhas. Com essa informação, a equipa vai publicar a primeira Lista Vermelha destes organismos em Portugal Continental, onde descreve a situação de cada espécie.
Macho de libélula-esmeralda (Oxygastra curtisii). Foto: Albano Soares |
Tarântula Macrothele calpeiana. Foto: Pedro Cardoso |
Mosca-das-dunas-lusitânica (Tethina lusitanica). Foto: Ana Rita Gonçalves |
Apesar da enorme variedade e de “serem essenciais para a nossa sobrevivência e bem-estar”, insectos e outros invertebrados “são os ‘mal-amados’ em termos de conservação”, sublinha a investigadora. À falta de conhecimento geral sobre o papel importante que têm, junta-se a “percepção negativa” de muitas pessoas, com “medo, nojo ou repulsa” de algumas espécies.
Crustáceo de água doce Triops baeticus. Foto: Maria José Caramujo |
Em Portugal, sabe-se que existem 15 espécies de invertebrados protegidas pelas leis da União Europeia, através da Directiva Habitats, mas esse é um facto desconhecido para a maioria das pessoas.
“Existe uma grande lacuna de informação”
Por outro lado, quem colaborar vai contribuir para a recolha de novos dados. Tanto para estas 16 espécies como para a maioria das cerca de 700 que a equipa também está a avaliar, “existe uma grande lacuna de informação sobre a sua distribuição, abundância e ecologia.”
Neuróptero-das-duas-pernas (Nemoptera bipennis). Foto: Rui Félix |
Num primeiro período, os cientistas do Tagis e do Biota – duas entidades que estão a trabalhar para a Lista Vermelha – “percorreram incansavelmente todo o país para a recolha de informação importante sobre as espécies-alvo”. Agora passou-se a uma nova fase, em que se estão a avaliar os riscos de extinção para algumas dessas espécies.
“A participação dos cidadãos na campanha ‘Invertebrados da Lista Vermelha Procuram-se’ será muito importante, pois permite obter informação que será tida em consideração neste processo de avaliação que estamos a desenvolver”, sublinha Carla Rego.
Agora é a sua vez.
Saiba mais e aprenda a identificar cada uma das 16 espécies de invertebrados incluídas nesta iniciativa AQUI.
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