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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 8 de junho de 2020

CIENTISTAS PEDEM A NOSSA AJUDA PARA SABER ONDE ANDAM 16 INVERTEBRADOS

Os investigadores que estão a avaliar a situação de espécies de insectos e outros invertebrados em Portugal Continental lançaram agora uma nova campanha de ciência cidadã: “Invertebrados da Lista Vermelha procuram-se”.

Em causa estão os trabalhos da Lista Vermelha de Invertebrados, um projecto financiado por fundos comunitários que tem como objectivo avaliar o estatuto de conservação de centenas de espécies, incluindo insectos, moluscos de água doce, crustáceos e aranhas. Com essa informação, a equipa vai publicar a primeira Lista Vermelha destes organismos em Portugal Continental, onde descreve a situação de cada espécie.
Macho de libélula-esmeralda (Oxygastra curtisii). Foto: Albano Soares
O desafio agora lançado pede a todos os interessados que fotografem e registem 16 espécies muito diversas na plataforma biodiversity4all. Destas, metade são protegidas em Portugal e têm falta de dados: a borboleta nocturna Proserpinus proserpina,  a libélula-esmeralda (Oxygastra curtisii), o louva-a-deus-dos-olhos-pontiagudos (Apteromantis aptera), a tarântula Macrothele calpeiana, os mexilhões-do-rio Margaritifera margaritifera e Unio tumidiformis, a lesma Geomalacus maculosus e a sanguessuga Hirudo medicinalis.
Tarântula Macrothele calpeiana. Foto: Pedro Cardoso
A escolha da lista passou por invertebrados fáceis de identificar e que não são extremamente raros, para serem avistados e reconhecidos pelo público em geral. É por exemplo o caso da vespa-europeia (Vespa crabro), da mosca-das-dunas-lusitânica (Tethina lusitanica) e do grilo-de-pala (Sciobia lusitanica).
Mosca-das-dunas-lusitânica (Tethina lusitanica). Foto: Ana Rita Gonçalves
“Queremos dar a conhecer a diversidade e importância dos organismos invertebrados que ocorrem no nosso país e, sobretudo, promover o envolvimento dos cidadãos no trabalho que estamos a desenvolver para a sua conservação”, explicou à Wilder a coordenadora executiva do projecto, Carla Rego.
Apesar da enorme variedade e de “serem essenciais para a nossa sobrevivência e bem-estar”, insectos e outros invertebrados “são os ‘mal-amados’ em termos de conservação”, sublinha a investigadora. À falta de conhecimento geral sobre o papel importante que têm, junta-se a “percepção negativa” de muitas pessoas, com “medo, nojo ou repulsa” de algumas espécies.
Crustáceo de água doce Triops baeticus. Foto: Maria José Caramujo
Resultado? “Esta discriminação tem repercussões negativas também a nível do estabelecimento de prioridades de conservação e, consequentemente, no financiamento disponível para o desenvolvimento de trabalhos relacionados com os invertebrados.”
Em Portugal, sabe-se que existem 15 espécies de invertebrados protegidas pelas leis da União Europeia, através da Directiva Habitats, mas esse é um facto desconhecido para a maioria das pessoas.

“Existe uma grande lacuna de informação”
Por outro lado, quem colaborar vai contribuir para a recolha de novos dados. Tanto para estas 16 espécies como para a maioria das cerca de 700 que a equipa também está a avaliar, “existe uma grande lacuna de informação sobre a sua distribuição, abundância e ecologia.”
Neuróptero-das-duas-pernas (Nemoptera bipennis). Foto: Rui Félix
Além do mais, devido à pandemia, não chegaram a realizar-se alguns trabalhos planeados para o projecto, que está agora no início do terceiro e último ano.
Num primeiro período, os cientistas do Tagis e do Biota – duas entidades que estão a trabalhar para a Lista Vermelha – “percorreram incansavelmente todo o país para a recolha de informação importante sobre as espécies-alvo”. Agora passou-se a uma nova fase, em que se estão a avaliar os riscos de extinção para algumas dessas espécies.
“A participação dos cidadãos na campanha ‘Invertebrados da Lista Vermelha Procuram-se’ será muito importante, pois permite obter informação que será tida em consideração neste processo de avaliação que estamos a desenvolver”, sublinha Carla Rego.

Agora é a sua vez.
Saiba mais e aprenda a identificar cada uma das 16 espécies de invertebrados incluídas nesta iniciativa AQUI.

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