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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 8 de junho de 2020

NOVO ESTUDO ALERTA: A SEXTA EXTINÇÃO EM MASSA ESTÁ A GANHAR VELOCIDADE

A sexta extinção em massa de vida selvagem na Terra está a tornar-se mais rápida e pode ser “a mais séria ameaça ambiental à persistência da civilização”, alerta uma análise científica agora publicada.

Em 2015, um grupo internacional de cientistas publicou um estudo a declarar que a sexta extinção em massa está realmente a acontecer. Agora, cinco anos depois, um novo artigo liderado por dois desses investigadores – Gerardo Ceballos e Paul R. Ehrlich – avisa que a velocidade de desaparecimento das espécies é provavelmente muito mais alta do que pensavam.

“A actual sexta extinção em massa poderá ser a mais séria ameaça ambiental à persistência da civilização, porque é irreversível”, alerta também este artigo científico publicado a 1 de Junho, na Proceedings of the National Academy of Sciences.

Os investigadores estimam que ao longo do século XX se extinguiram pelo menos 543 espécies de vertebrados terrestres, desde mamíferos a répteis, aves e anfíbios. Acreditam agora que quase tantas das espécies actuais de vertebrados correm um risco sério de extinção – e isto só nas duas próximas décadas.
Leopardo de Amur, uma das espécies em Perigo Crítico de extinção a nível mundial. Foto: Alexander Leisser/Wiki Commons
A equipa alerta para a origem humana do problema, incluindo o comércio de vida selvagem, a poluição, a destruição de habitats e as alterações climáticas. Isso já estará a ter um “efeito de dominó” com o aumento das ameaças à vida humana, como é o caso do novo coronavírus, o Covid-19.

“Quando a humanidade extermina populações e espécies de outras criaturas, está a serrar e a deitar fora o ramo no qual está sentada, destruindo partes activas do seu próprio sistema de suporte à vida”, afirmou Paul Ehrlich, biólogo ligado à Universidade de Stanford, numa nota divulgada sobre o novo estudo.

“A conservação de espécies ameaçadas deveria ser elevada a emergência nacional e mundial pelos governos e instituições, igual às disrupções do clima às quais está ligada”, sublinhou.

Há 515 vertebrados terrestres à beira da extinção

A equipa avaliou a abundância e distribuição de espécies criticamente ameaçadas. Concluiu que 515 espécies de vertebrados terrestres – 1,7% das espécies analisadas – estão à beira da extinção pelo facto de terem menos de 1000 indivíduos. E dessas, cerca de metade têm apenas cerca de 250 animais vivos.
Macho de orangotango no Bornéu, outra espécie fortemente ameaçada. Foto: Eleifert/Wiki Commons
Por outro lado, tem ocorrido uma perda cumulativa de populações – ou seja, dos grupos individuais e localizados de cada espécie – e de áreas de distribuição. Os cientistas estimam que as mesmas 515 espécies perderam um total de 237.000 populações desde 1900.

Muitos destes animais concentram-se em regiões tropicais e subtropicais. O problema é que “com menos populações, as espécies são incapazes de servirem a sua função num ecossistema”, avisam. À medida que certas espécies caem, “as espécies com as quais interagem também deverão desaparecer”. E sublinham que “a extinção alimenta a extinção”

Foi o que aconteceu no século XVII com a sobrecaça de lontras marinhas. Acredita-se que a diminuição desses animais – os principais predadores de medusas que se alimentam de kelp – levou à extinção da vaca-do-mar-de-Steller. É que esse animal marinho também dependia das mesmas algas.

Oportunidade final
“O que fizermos para lidar com a actual crise de extinção nas próximas duas décadas vai definir o futuro de milhões de espécies”, acredita o autor principal do estudo, Gerardo Ceballos, investigador na Universidade Autónoma do México. “Temos a nossa última oportunidade para assegurar que os muitos serviços que a natureza nos fornece não são sabotados irreparavelmente.”

Uma vez que a extinção de uma espécie tem um efeito de dominó com o risco de desaparecimento de outras, os cientistas analisaram também possíveis interligações. Concluíram que 84% das espécies com populações inferiores a 5.000 indivíduos vivem nas mesmas áreas de espécies com menos de 1.000.

Por causa dessa ameaça, apelam agora a que todos os animais com populações inferiores a 5.000 indivíduos sejam considerados Em Perigo Crítico de extinção na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza. Ficariam assim debaixo de olho no que respeita aos esforços de conservação.


A equipa propõe também que seja proibido a nível mundial o comércio de animais selvagens, pois a captura ilegal e a caça “são uma importante ameaça em curso, não apenas para espécies à beira da extinção mas também para a saúde humana.”

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