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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
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terça-feira, 30 de junho de 2020

Moncorvenses protestam retirada de busto de Campos Monteiro e preço da água

Há alguma indignação entre a população de Torre de Moncorvo relativamente à forma como a autarquia estará a tratar algumas questões do município.
Em causa está a retirada do busto em homenagem a Abílio Campos Monteiro, escritor, jornalista, médico e político, natural daquele concelho. O monumento, que se encontrava em frente aos Paços do Concelho, terá sido dali retirado por decisão da autarquia mas há diversas pessoas que dizem que o povo devia ter sido consultado. As pessoas lamentam não saber o porquê da retirada e dizem não saber onde o busto está ou onde será colocado. “A câmara é que fez isto é porque tinha ordens de superiores, mas não sei a certeza. Admirei-me terem-na retirado”, explicou Abílio Pimentel. “Só soube que a tinham retirado mas não tive conhecimento que o iam fazer. Fazem o que querem e lhes apetece”, disse Cassiano Trindade. “Foi retirado do sítio onde estava sem se ouvir a população, sem ir à Assembleia Municipal e sem ir a reunião do executivo. Isto foi uma obra que não custou nada ao erário público, foram as pessoas que se cotizaram para pôr a estátua, e o senhor presidente, como tem a maioria, faz o que quer”, referiu Manuel Sota. Já segundo Abílio Branco tratou-se de um assunto tratado “entre eles” mas “ficou mal” porque “deviam ter consultado o povo”. “Dizem que foi para restaurar e penso que irá uns metros mais para a frente”, explicou ainda. “A população de Moncorvo foi quem os pôs na câmara e eles não consultam ninguém”, sublinhou José Esperto.

Além disso, também há queixas no que respeita à água. Há facturas que, em muitos casos, mais que duplicou o valor a pagar. Algumas pessoas criticam o facto de o município ter aderido, em Novembro de 2019, à empresa multimunicipal Águas do Interior Norte, acreditando ser esse o motivo da inflação dos custos. Neste caso, os moncorvenses também consideram que deviam ter sido ouvidos. “Tenho ouvido falar que a água fica cara mas não sei a certeza”, explicou Abílio Pimentel. “É voz corrente que há pessoas que pagam duas ou três vezes mais o valor que pagavam antigamente. Fico assim um bocadinho absorto de saber que foi entregue a uma companhia... porquê?”, questionou Manuel Sota. “Não sei explicar isso porque ainda não fiz o pagamento. Puseram editais a explicar que iam passar a água para uma empresa particular mas não foi grande coisa fazer isso sem consultar o povo que era para sabermos se seria para melhor ou para pior”, lamentou Abílio Branco. “Aumenta sem sabermos porque. A população quer fazer uma abaixo assinado por causa disso e eu vou assinar”, assinalou José Esperto.

Estes e outros assuntos têm sido comentados na página de facebook “Movimento de Moncorvenses”. De acordo com uma das criadoras, Fátima Gonçalves, têm-se ali debatido problemas mais graves como o facto de o município não ter facultado material informático aos alunos que não conseguiam acompanhar as aulas à distância. “Uma criança que é pobre não tem direito de assistir às aulas. Só conseguimos um tablet, infelizmente. A algumas mães, a escola mandava, para o telemóvel, os emails com os trabalhos para os filhos fazerem. Nesse sentido, a Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo começou a fornecer fotocópias, a quem fosse pedir, e é surreal fornecer fotocópias a uma criança para fazer trabalhos acerca de uma aula a que nem assistiu”.

Perante o cenário e a interação que tem com as pessoas através da página, Fátima Gonçalves considera que o povo não é ouvido nem consultado. “Falta a opinião das pessoas, ninguém a ouve. As pessoas têm algum problema e têm de tentar encontra o senhor presidente para tentar falar com ele. O movimento surgiu por tanta falta de desinformação que há em Moncorvo”.

Sobre o busto, o presidente da câmara de Torre de Moncorvo, Nuno Gonçalves, informou de que falaria quando a escultura fosse novamente inaugurada. No que toca aos outros assuntos, Nuno Gonçalves disse que hoje seriam dados os esclarecimentos necessários através do vice-presidente do município, Vítor Moreira.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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