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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

O Touro da Aldeia de Picote

 A surpresa não poderia ser maior para Carlos Meirinhos quando, no decurso de uma obra na sua casa na aldeia de Picote, no concelho de Miranda do Douro, foi colocada a descoberto uma escultura zoomórfica da Segunda Idade do Ferro ou já dos inícios da ocupação romana, representando um bovídeo.

As representações de touros, comuns no território espanhol, são bastante raras em Portugal. Do mesmo período e muito conhecidas no Nordeste Transmontano são as figuras de porcos apelidados de berrões: a mais famosa é naturalmente a porca de Murça, escultura envolta em mistério sobre a sua proveniência e propósito.

O arqueólogo Nelson Rebanda, do Museu do Ferro e da Região de Moncorvo, observou a peça e salienta a importância desta descoberta, integrada numa cadeia de achados arqueológicos da pré-história que tem sido produzida na região nos últimos anos. “Estas esculturas poderão estar associadas a cultos totémicos de características mágicas pelo simbolismo da figura do animal, que configura força e virilidade. A marcação de caminhos e rotas de transumância e a divisão de propriedades são outras possíveis explicações para estas sólidas peças de granito”, afirma. 

Sobranceiro ao Douro Internacional, Picote poderá ter sido um santuário de importância regional, cuja influência se prolongaria até à romanização.

Texto: Hugo Marques

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