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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 14 de novembro de 2021

Fungo septoriose provoca perdas de 80% a produtores de castanha

 O fungo septoriose está a afetar a produção da castanha, podendo provocar perdas de cerca de 80% “nos produtores que não fizeram tratamento” nas árvores, disse o presidente da Associação Portuguesa da Castanha (REFCAST).


A septoriose, apontado pelos especialistas como uma dos responsáveis pelas quebras verificadas na produção, provoca a secagem e queda antecipada da folha do castanheiro que fica de cor acastanhada e rebordo amarelo.

Os valores de precipitação registados durante o mês de setembro, 66.8 mm, o quarto valor mais elevado desde 2000, segundo o Boletim Climático de setembro de 2021 do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), aliados à elevada humidade atmosférica, criaram as condições favoráveis à proliferação deste fungo, explica José Laranjo, presidente da REFCAST.

Para combatê-lo foi recomendado, por várias associações como a REFCAST e a Associação Regional dos Agricultores das Terras de Montenegro (ARATM), o tratamento dos castanheiros com um pesticida antifúngico à base de cobre, mas “alguns associados optaram por tratar e outros não”, disse Filipe Pereira, da ARATM.

Com as alterações climáticas que provocam o aumento da temperatura e redução das chuvas, espera-se mais calor e mais seca, sobretudo no verão, período de grande importância no desenvolvimento do ciclo vegetativo da produção da castanha.

O ano de 2021 demonstra ser atípico em relação à tendência para o aumento da temperatura “considerando que foi menos quente e mais húmido que 2020”, afirma José Laranjo.

No panorama nacional, prevê-se “um ano de excelente produção em termos de quantidade e qualidade, esperando-se uma produção na ordem das 45.000 a 50.000 toneladas de castanha”, acrescentou.

No entanto, nas regiões mais altas, a elevada humidade atmosférica que favoreceu o desenvolvimento do fungo originou quebras na produção.

“Há uma quebra de produção devido às amplitudes térmicas e ao gelo que foi registado nas estações meteorológicas mais próximas, no mês de setembro”, alertou Filipe Pereira.

Dinis Pereira, proprietário da empresa produtora de castanhas Agromontenegro, admitiu à Lusa que o Verão mais chuvoso do que o normal afetou a produção da castanha, provocando uma produção “muito mais diminuta”.

Apesar da qualidade da castanha se manter, a produção nas regiões mais altas foi afetada, devido a “um ataque de septoriose” que destruiu parte das culturas, descreveu.

Já Ricardo Reia, produtor de castanhas na região de Portalegre, apontou a instabilidade climática como a principal razão para 2021 ser um ano pouco rentável, resultando na quebra de 50% comparativamente a um ano normal.

“No início houve geadas e agora no fim do ciclo de crescimento do fruto temperaturas a rondar os 30ºC, excessivamente altas sem chuva, desfavoráveis para a castanha”, disse.

Em 06 de novembro, a RefCast admitiu que, a nível nacional, a produção de castanha, na atual campanha, deverá aumentar até 20% para cerca de 50.000 toneladas, esperando-se frutos com melhor qualidade do que no ano passado, destinados, sobretudo, à exportação.

A RefCast tem cerca de 110 associados, incluindo produtores individuais, associações e cooperativas, que abrangem os setores da produção, transformação e prestação de serviços, bem como municípios e entidades de I&D (Investigação e Desenvolvimento).

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