O desafio foi lançado a dois ilustradores contemporâneos, pela Câmara de Oeiras que quis agora trazer o espólio até ao nordeste transmontano. Nuno Saraiva foi um dos artistas que aceitou o repto, e cor não falta nas suas recriações. “Eu quis acima de tudo que estes desenhos fossem uma explosão de cor e que fossem apetecíveis ao olhar, daí que eu procurei também combinar situações em que se vê uma dançarina do sul de Angola e depois um músico que tem a sua proveniência do norte de Angola. Angola é isto mesmo, não é apenas uma multiplicidade de tribos, há uma conjugação foi feita no trabalho do Neves e Sousa e eu tentei retratar isso em cada desenho”, explicou.
Para além de querer divulgar as obras de Neves e Sousa, a câmara municipal de Oeiras quer também destacar ilustradores portugueses, explica Gaspar Matos, chefe da divisão de bibliotecas do município de Oeiras.
“Queremos divulgar as obras destes ilustradores contemporâneos portugueses, que os temos muitos e muito bons”, sublinha.
Bragança foi a cidade escolhida para trazer a exposição “Diásporas”, pela grande quantidade de estudantes africanos a residir na cidade. Segundo a vereadora da cultura, Fernanda Silva, é uma forma acolher esta comunidade:
“Convidando os brigantinos a vir visitar a exposição e a ter conversas entre os estudantes e a comunidade, por forma a partir destas ilustrações podermos trabalhar aqui alguma componente cultural e as pessoas perceberem muitos dos comportamentos dos estudantes e do que é a sua cultura, para percebermos melhor alguns dos comportamentos que eles trazem”, refere.
A exposição “Diásporas” é composta por cerca de 70 obras, entre originais de Neves e Sousa, e peças dos dois ilustradores convidados. A mostra vai estar patente no Centro Cultural Adriano Moreira até 23 de Abril.
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