Além de os visitantes poderem, com recurso a um microscópio, ver os detalhes das rochas, a mostra temporária inclui fotografias ampliadas das texturas coloridas que se escondem no interior, estando as da região em destaque, como refere Elisa Preto Gomes, directora do Museu de Geologia Fernando Real, da UTAD e responsável da exposição.
“Muitas destas rochas da região de Bragança, que são raras noutras regiões, noutros contextos geológicos, que aqui nós temos e são muito bonitas ao microscópio”, afirma. No exterior é possível ver rochas que “foram basaltos de fundo oceânico e são negras, de grão fino, que alternam com rochas brancas, que estão estratificadas, que resultaram do magma” e podem ser vistas no CCV ao microscópio. “O que é preto homogéneo ou branco muito claro ali tem uma diversidade enorme de aspectos texturais e de cores e morfologias”, explica.
Na exposição é ainda possível ver as várias aplicações dos minerais em produtos do dia-a-dia.
“Como muitos destes minerais dão aplicados, como por exemplo o talco que existe nesta região e que praticamente só existe aqui”, refere.
A mostra chama também a atenção para a diversidade geológica da região.
“Estamos no ex-libris da geologia portuguesa, que é o maciço de Bragança, como o maciço de Morais, mas em Bragança temos as serpentinites de Donai, apesar de agora não haver exploração, estamos a falar da rocha ornamental portuguesa mais cara de sempre”, sublinha.
De acordo com estudos já publicados, o conjunto destas rochas da região de Bragança, que foram fundo oceânico, serão as mais antigas do país.
A exposição o “Micromundo das Rochas e Minerais” pode ser visitada até 31 de Julho no Centro Ciência Viva de Bragança.
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