No futuro, o centro deverá ainda criar bolsas de estudo direcionados para a investigação destes temas. A biblioteca recebeu já várias obras, explica Helena Barril, presidente da câmara de Miranda do Douro.
“Vai ser um centro onde vamos aglutinar obras vocacionadas apenas para a temática do centralismo e vai acolher obras doadas por várias pessoas, tudo isto começou com a doação do espólio que Miguel Cadilhe tinha sobre esta temática, que já fomos recolher
e que temos no Arquivo Municipal. Estas personalidades que estão associadas ao centro de estudos são pessoas de renome, antigos políticos, antigos autarcas, pessoas ligadas à CAP, à indústria. E vai ser algo que acho que vai ter um impacto muito positivo”, afirma Helena Barril.
Para já, é numa sala do arquivo municipal que está estabelecido o centro de estudos, mas a autarca afirma que o espaço está a ficar reduzido com as várias doações já recebidas, por isso, sublinha que mais tarde o município vai pensar em ter num edifício próprio só para este centro.
A ideia de criar um Centro de Estudos do Centralismo é um pouco desafiadora, já que surge numa das cidades mais distantes de Lisboa, admite a autarca.
“Isto é antagónico, trazer para um território tão longínquo da capital de Portugal este Centro de Estudos do Centralismo é criar aquela antítese que é preciso criar, para chamar a atenção que aqui, neste cantinho somos Portugal e estamos atentos ao que se passa”, sublinhou.
Também Óscar Afonso, presidente da Assembleia Municipal de Miranda do Douro, esclarece que apesar de parecer contraditório a ideia é trazer pessoas à região para estudar o centralismo.
“A ideia é criar aqui uma biblioteca com materiais que não existem em mais lado nenhum e
que as pessoas sintam necessidade de vir a Miranda para aceder a esse material. Porquê Miranda? Até é uma provocação, porque nós achamos que somos vítimas do centralismo”, referiu.
O presidente da direcção do centro será Sebastião Feyo de Azevedo, ex-reitor da Universidade do Porto, e vai incluir outras personalidades, como os ex-ministros Luís Valente de Oliveira e João Cravinho.
Sem comentários:
Enviar um comentário