(colaboradora do Memórias...e outras coisas...)
“É na pausa da música que as falas se entendem, quando falar só se concretiza por um modo único de calar.”
Há encontros que são urgentes e que, pela sua emergência, se tornam inadiáveis.
_____Por isso, num tempo que se faz novo, é tempo de reinventar o tempo e construir uma nova linguagem da vida. Um universo a moldar-se pelo inverso.
_____Um edificar de outros versos capazes de versar um diferente sentir, num silêncio que nos desafie o sentido maior de nos vermos crescer.
_____Porque apenas quem se descobre no silêncio abre a porta ao que lhe fala de si, do que é e do que pode ser.
_____Não um qualquer ser, mas um ser que se encontra consigo próprio, nessa forma que lhe é tão própria de se redescobrir.
_____É na pausa da música que as falas se entendem, quando falar só se concretiza por um modo único de calar.
_____Não esqueçamos que o futuro começa sempre em cada hoje pronto a viver. E em cada noite em nós, poderá existir ainda a esperança dos dias nos sorrirem mais próximo.
_____Somos artesãos permanentes de uma obra inacabada.
_____Por isso, num tempo que se faz novo, é tempo de reinventar o tempo pelo silêncio que, ruidosamente habilidoso, nos possa desconstruir a solidão com a força de um abraço dentro do olhar, a tocar como se fossem mãos.
_____E o coração livre, capaz de voar sobre o fio da coragem, numa espera de novos dias com asas.
_____Então, por fim, talvez possamos voltar a pousar, serenos, na luz desse alguém que nos reacenda a pele.
Paula Freire - Psicologia de formação, fotografia e arte de coração. Com o pensamento no papel, segue as palavras de Alberto Caeiro, 'a espantosa realidade das coisas é a minha descoberta de todos os dias'.
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