Fernando Cabrita, o autor do livro, que é natural de Olhão, tem mais de 50 obras publicadas por todo o mundo mas esta, “A Língua Portuguesa”, que estava na gaveta há sete anos e que levou a concurso, é especial. “É um livro que é escrito tendo como tema a matéria com que o escritor deve trabalhar, que é a sua língua. Quando o escritor trabalha com outras coisas, parece-me que faz um mau serviço àquilo que é a ferramenta do seu trabalho, que é a língua”, disse.
E vir lançar o livro a Bragança é, para o escritor, uma honra. “Vir a Bragança é um gosto. Digo-o, porque cada vez é mais difícil sair a uma rua me qualquer cidade do país sem andar aos encontrões com poetas, pintores. Bragança felizmente parece-me que não tem esse problema. Distribui cultura, tem acesso gratuito à cultura e não se presume em todos os artistas”, salientou.
Na sexta-feira, dia em que Adriano Moreira faria 102 anos, foi lançada a quarta edição do prémio a que o transmontano empresta nome.
Fernanda Silva, vice-presidente da câmara de Bragança, entidade que promove esta iniciativa, assume que se espera que nesta edição haja muitos mais trabalhos. Na anterior, cujo estilo literário era poesia, houve 53. Esta edição é destinada ao romance em prosa. “Com a divulgação que temos feito pensamos que vamos conseguir ter maior número de participantes e também pela tipologia de texto, porque há muitas mais pessoas a escrever romance”, destacou.
A vice-presidente disse que têm participado, essencialmente, muitos escritores de fora da região e até de fora do país, sobretudo de países de língua portuguesa.
O Prémio Literário da Lusofonia Professor Adriano Moreira está na quarta edição. Os trabalhos podem ser entregues até dia 30 de Abril de 2025.
Esta é uma forma de lembrar o advogado, professor universitário e político português, que nasceu no concelho de Macedo de Cavaleiros.
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