Na Feira do Naso, um evento de promoção do burro mirandês, o secretário de Estado da Agricultura, João Moura, anunciou que há dois milhões de euros para fazer esse trabalho. “Dar uma valorização para que seja possível conservar embriões de todas as espécies autóctones que seja possível fazê-lo. Há espécies que temos a certeza que não é possível fazê-lo e teremos de arranjar outra forma de o fazer. Estes embriões, que vamos conservar a preservar para sempre, vamos ter uma quantidade regionalizada, na região de origem onde estão, portanto o Burro de Miranda vai ter em Miranda a preservação de um conjunto de embriões para sempre”, explicou.
Além da recolha genética, vai ser criado uma espécie de jardim zoológico só com as raças autóctones do país, na Quinta da Fonte Boa, no distrito de Santarém. “Vamos criar um parque atractivo para as pessoas, onde o cidadão português e estrangeiro, onde as crianças podem visualizar, podem vivenciar, podem tocar em todas as espécies autóctones portuguesas, porque elas vão estar lá expostas em permanência”, adiantou.
Os dois milhões de euros disponibilizados do Plano de Recuperação e Resiliência serão usados apenas para a recolha de material genético. Quanto à criação de infra-estruturas na Quinta de Fonte Boa, o secretário de Estado disse que é preciso ainda garantir financiamento. “Depois teremos de arranjar mais financiamento, que é uma questão de realocar algumas das verbas que estavam em projectos do PRR, precisamente para este centro”, referiu.
O Governo está ainda a criar uma medida de apoio à recria de raças autóctones. A linha de apoio está a ser feita, mas ainda não se sabe qual será o financiamento disponibilizado.
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