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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

DESVOOS


 (mirandés) ZBOLOS
nun tengas grima de la nubrina
porque l einfierno stá baziu d’almas.
acarina ls dies que te médran.
arca a boches chenos
l aire q’inda entra an ti:
cumo sede de cielo que te farta.
deixa la jinela de l tiempo spreguiçar-se
las nuvens lhebáren l tou bafo
até als lhugares adonde se cunsume.
talveç l bolo que miras passar
tenga las alas que manginas para ti
nun chames por quien nun scuita
deixa l mirar serenar la cara de l aire
de ls mistérios que nun sabes.
nada te direi de l çtino
porque nun le bati a la puorta.
hoije l dia, stá die
asperarei até que la nuite benga:
cuntigo...

Carlos Ferreira 2025

(português) DESVOOS

não tenhas medo do nevoeiro
porque o inferno está vazio de almas.
acaricia os dias que te crescem.
respira a plenos pulmões
o ar que ainda entra em ti:
como sede de céu que te sacia.
deixa a janela do tempo espreguiçar-se
as nuvens levarem o teu hálito
até aos lugares onde se exaure.
talvez o voo que observas passar
tenha as asas que imaginas para ti
não chames por quem não escuta
deixa o olhar aquietar a direção do vento
dos enigmas que não sabes.
nada te direi do destino
porque não lhe bati à porta.
hoje o dia, está dia
esperarei até que a noite venha:
contigo...

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