Era um Sábado no dia 25 de Janeiro de 1975. Fui logo de manhãzinha ver-te ao Hospital. Perguntei-te se estavas bem e se podia ir fazer o jogo de futebol que estava programado contra a equipa do Vinhais para animar as festas da vila.
Disseste-me que sim…vai filho. Dei-te um beijo e…lá fui com o resto da rapaziada rumo a Vinhais.
Quando ainda me estava a equipar no balneário entra o Raul, o Raul Azeiteiro, azeiteiro porque para além de toda a mercearia também vendia azeite…eram grandes amigos o Raul e o meu Pai.
O Raul não precisava de dizer nada porque a presença dele, ali, atordoava.
Ainda sou um bebé chorão... |
Olhei-os nos olhos e só perguntei: - O meu Pai morreu não foi?
Sim, tinha sido, de outra maneira não se entenderia a presença do Raul ali…em Vinhais.
Foi tudo muito rápido…rápido demais para ter sido justo...
Um beijo Pai.
Tenho saudades…
HM
Faço minha a tua tristeza. Também estão a fazer 30 anos que o meu partiu e quanto mais tempo passa, mais saudades sinto.
ResponderEliminarMas é bom sentir saudades, porque significa que os momentos passados foram felizes.
Relato que não gostaria de comentar. Infelizmente não podemos interromper este ciclo que acaba com a rutura brutal com a vida.
ResponderEliminarUm relato sentido a demonstrar os sentimentos de quem viu partir um dos que amou.
Um texto sentimental e de quem demonstra a sua nobreza de alma.
ResponderEliminarAinda para mais nas circunstâncias em que foi.
Esta ruptura brutal com a vida deixa-nos prostrados e a perguntar porquÊ?????
A saudade não se apaga, o coração suspira sempre pelos nossos entes queridos!!!!!!!!