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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

...quase poema...ou do amor

Por: Fernando Calado
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)

... Gostava de falar do amor como antigamente!
É sempre assim…no meu tempo todas as coisas sabiam a pão quente acabado de cozer…as fomes eram outras!
- A menina dança?!
- Qual é a sua graça?!
- Maria da Graça!
…o coração batia ao compasso dum Corridinho…o Tango apertava as mãos no desejo do beijo, o “Paso-Doble” trazia sangue, paixão e lágrimas dos lados de Espanha no calor da bravura dos touros mortos ao “meio dia em ponto…”enquanto Nelson Ned amorosamente deixava o recado que faltava na urgência do amor: “O que é que você vai fazer domingo à tarde, pois eu quero convidar você prá sair comigo, passear por aí numa rua qualquer da cidade, vou dizer pra você tanta coisa que a ninguém eu digo.” - Donde és!
- Posso escrever-te uma carta!…
(Cartas como campos de trigo e hortas de linho.)
…podes!
O terreiro ficou vermelho…talvez fosse do pôr do sol, ou das cores do rosto trigueiro da bailadeira.
- Queres namorar comigo?
Os olhos ficaram assustados como pássaros voando baixo num céu desconhecido e azul…sempre azul!...
…o que ela disse?!
…não sabemos!
Ninguém sabe!
…O carteiro começou a chegar todos os dias à hora da soalheira:
…espero que esta minha carta te vá encontrar de boa saúde…
O que mais diria a carta?
Não sabemos!…
O amor não se diz!
Sente-se sem palavras…ou nas palavras que ficam por dizer à beira da surpresa.

Fernando Calado
nasceu em 1951, em Milhão, Bragança. É licenciado em Filosofia pela Universidade do Porto e foi professor de Filosofia na Escola Secundária Abade de Baçal em Bragança. Curriculares do doutoramento na Universidade de Valladolid. Foi ainda professor na Escola Superior de Saúde de Bragança e no Instituto Jean Piaget de Macedo de Cavaleiros. Exerceu os cargos de Delegado dos Assuntos Consulares, Coordenador do Centro da Área Educativa e de Diretor do Centro de Formação Profissional do IEFP em Bragança. 
Publicou com assiduidade artigos de opinião e literários em vários Jornais. Foi diretor da revista cultural e etnográfica “Amigos de Bragança”.

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