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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

É preciso travar a desertificação do meio rural

Para construir um simples palheiro, muito na moda nas zonas rurais, seja como arrecadação agrícola, como segunda habitação ou mesmo para habitação permanente, as burocracias, processos e projectos são praticamente os mesmos, mas com uma grande diferença: enquanto no caso do palheiro os custos são suportados por uma única pessoa ou família, no bloco de apartamentos esses custos são a dividir por várias, ficando assim menos oneroso para cada um.
Desde que assumimos a Direcção da ACINM temos recebido quase diariamente queixas de empresários, em particular da área da construção civil, mas também de outros ramos e da população em geral relativamente a este assunto de licenciamento de obras.
Embora as entidades responsáveis pelo licenciamento muitas vezes se limitem a aplicar a legislação, que é feita por alguém que parece desconhecer a realidade do país, pelo menos do país rural.
Para que esta situação seja alterada ou melhorada é necessário que se simplifiquem os procedimentos e se necessário se altere o que eventualmente está mal. Neste caso o “simplex” virou “complex”.

É disso exemplo o facto de ser obrigatório apresentar uma declaração passada pelo Instituto da Construção e do Imobiliário, como o Técnico responsável pela alvará do construtor faz efectivamente parte dos quadros dessa empresa, quando para ser atribuído o alvará a qualquer empresa é obrigatório a empresa ter esse técnico. Isto é mais ou menos a mesma coisa que chegar à farmácia com uma receita médica e o farmacêutico pedir à pessoa uma declaração da ordem dos médicos como o médico está inscrito na ordem.
Principalmente nas zonas rurais, a população ainda tem por hábito construir a sua própria habitação, muitas das vezes com sacrifício e muito trabalho. E não são raras as vezes em que dinheiro para concretizar esse sonho vem de trabalho realizado fora da região.

Infelizmente é um sonho cada vez mais difícil de concretizar, principalmente pelos mais novos, não apenas pelas dificuldades criadas pelos bancos na aprovação e concessão de créditos, mas também pelas referidas dificuldades em conseguir o licenciamento junto das entidades competentes.
Terão de ser alterados determinados procedimentos e simplificados processos, como o já referido, e rever da necessidade de tantos projectos que em alguns casos servem apenas para gastar papel e para justificar a existência de determinados organismos.
Deve acima de tudo existir bom senso e diminuir a burocracia de forma a incentivar o investimento quer por parte das empresas quer por parte da população.
Alguns lóbis e técnicos desta área têm de perceber que estão a dar um tiro no próprio pé com tanta exigência, é simples se não há obras não são necessários projectos.



Por Joel Freitas, Presidente da ACINM

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