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Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço.
A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)
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terça-feira, 15 de maio de 2012
Barragem do Tua - Estrutura de Missão do Douro «muito preocupada» com classificação como Património Mundial
A chefe de projecto da Estrutura de Missão do Douro (EMD), Célia Ramos, reage com preocupação à notícia de que a UNESCO se prepara para mandar parar as obras da barragem do Tua. Aquele organismo internacional solicita, ainda, uma comissão conjunta de análise e um relatório actualizado até ao início de 2013.
De acordo com o jornal Público, o Comité do Património Mundial da UNESCO vai exigir, na reunião de Junho, a paragem imediata das obras de construção da Barragem da EDP na foz do rio Tua (afluente do Douro), solicitar uma missão conjunta de análise à situação da área de paisagem classificada do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial e remeter um relatório actualizado até ao final de Janeiro próximo.
Face a esta notícia, Célia Ramos, responsável máxima pela Estrutura de Missão do Douro (EMD) afirmou estar, «de facto, muito preocupada». Salientou ainda que a missão da EMD e a sua grande preocupação tem a ver «exactamente com a questão da compatibilização do aproveitamento de Foz Tua com a manutenção da classificação da paisagem Douro Vinhateiro».
Em Abril, a responsável frisou que a missão principal da EMD é «manter o valor» que levou à classificação em 2001.
«Temos uma área que é Património Mundial que nos compete zelar e é aí que nós vamos centrar a nossa atenção. Mas com a certeza absoluta de que essa paisagem depende das pessoas e das actividades», afirmou na altura.
Célia Ramos reconheceu a existência de ameaças ao Douro Vinhateiro.
Um relatório elaborado pela Icomos, uma associação de profissionais da conservação do património, alertou que a construção da barragem, na foz do rio Tua, terá «um impacto irreversível» e constitui uma «ameaça ao valor excepcional universal».
Nesse documento, concluído no final de Junho e remetido ao Governo português em Agosto, a Icomos aponta os impactos negativos e graves da construção do empreendimento e sublinha que o Estado português não adoptou todos os procedimentos a que está obrigado perante a UNESCO no processo de análise e aprovação do projecto da barragem.
Segundo o Público, o projecto de decisão da UNESCO será analisado a partir de 24 de Junho, na cidade de São Petersburgo, na Rússia. Em regra, todas as propostas são aprovadas, havendo apenas registo de pequenas alterações ou arranjos resultantes do trabalho diplomático que antecede este tipo de encontros.
Recentemente, Célia Ramos lembrou que há outras áreas Património Mundial que vivem no seu seio com centrais nucleares. «Portanto, nós temos é de perceber de facto que contrapartidas é que poderemos obter por essa via», salientou. A responsável disse acreditar que é possível fazer a «compatibilidade das coisas».
«O Douro Vinhateiro é uma paisagem cultural, evolutiva e viva, não é nenhum fóssil, cristal. É uma paisagem feita pelos homens e pelas atividades. Eu acredito que é possível compatibilizar as coisas, o aproveitamento dos recursos naturais e a conservação e valorização da paisagem», salientou.
Lusa
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