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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

O lobisomem e o caseiro

Local: CARRAZEDA DE ANSIÃES, BRAGANÇA
Informante: Francelina dos Anjos Pereira (F), 76 anos

Na altura das segadas, vinham para aqui trabalhar homens de todos os lados de Bragança. Chamavam-lhes os serranos. 
Um deles ficou de caseiro numa quinta. 
Certo dia, quando estava na segada com a mulher e com os filhos, passa por eles um burburinho muito forte. E o homem que é que faz? Agarra na navalha e... tumba! Atirou-a para o meio do burburinho. E qual não é o espanto dele, quando, ao desfazer-se o burburinho, aparece o patrão nu a seus pés! 
Era um lobisomem e o caseiro tinha-lhe quebrado o fado. Depois, o patrão, que era um homem rico e de respeito na região, disse-lhe: 
— Tu não digas nada a ninguém! 
— Não, patrão, não digo! 
Prometeu-lhe, por isso, uma recompensa. E quando foi para lha pagar, diz-lhe: 
— P’ra não estar a dar diante das pessoas, vais lá adiante ao outeiro, que eu vou lá ter com a recompensa. 
Mas o empregado, que era espertalhão, vestiu um espantalho de palha com a sua roupa e pô-lo no tal sítio. Nisto, o patrão vai, e atira um tiro ao espantalho, a julgar que era o homem. E ele de longe a ver. Julgou que o matou, e bem danado ficou quando viu que não. 
Depois o caseiro foi ter com o patrão, pediu que lhe fizesse as contas, pegou na familia e foi para muito longe.

Fonte:PARAFITA, Alexandre Património Imaterial do Douro (Narrações Orais)

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