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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 5 de julho de 2015

A ronda das feiticeiras

Local: Vilas Boas, VILA FLOR, BRAGANÇA
Informante: Maria de Lurdes Dionísio Ala (F), 61 anos


O meu tio-avô tocava muito bem bandolim. Uma noite, a certa altura da madrugada, foram lá chamá-lo, à casa onde ele morava, em Meireles. 
— Ó António Fraga, anda à ronda! 
E ele foi. Foi à ronda. E andaram a tocar pelas ruas. E depois levaram-no para um ribeiro, o ribeiro do Olival da Porta, lá em Meireles, deram-lhe tanta porrada, tanta porrada... e deixaram-no lá. Mas aquilo era um ribeiro muito fundo, que ninguém dava lá com ele. Então ele, depois... muito mal, muito mal, começou a gemer, a gemer, e as pessoas que passavam ali prós terrenos, sentindo gemer, foram ver e lá estava ele, o coitado, no fundo do ribeiro. Salvaram-no e trouxeram-no pra casa. Mas elas antes de o deixarem lá no ribeiro, ainda lhe disseram: 
— Se nos descobres, matamos-te! 
Depois, passados tempos, foram lá elas chamar outra vez: 
— Ó António Fraga, anda à ronda! 
E ele diz: 
— Não, não vou. Ide vós! 
E diz que era então uma chocalhada muito grande, muito grande...!

Fonte:PARAFITA, Alexandre Património Imaterial do Douro (Narrações Orais)

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