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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Sonae já tem 50 ha de pêssegos no Vale da Vilariça


Na região de Bragança há um espaço de excelência agrícola, o Vale da Vilariça, onde os produtores se estão a organizar para melhor tirar partido dos investimentos ali realizados, sobretudo, no regadio.
Há uma mudança silenciosa a acontecer no Vale da Vilariça. Na zona produz-se a melhor fruta do país, graças ao índice Brix (concentração de açúcar medida com um refratómetro) que atesta a excecionalidade daquele território devido ao solo e às condições climatéricas de microclima. Os produtores estão a organizar-se. Criaram um agrupamento. Estão a avançar com a certificação DOP (Denominação de Origem Protegida) para o pêssego e o melão. A reforma da organização dos terrenos e relocalização das culturas está em marcha. O objetivo é produzir com a máxima rentabilidade apostando nas culturas certas, deixando de lado as tradicionais como o olival e a vinha. Até o empresário Belmiro de Azevedo, através de uma holding, comprou terrenos naquela, onde está a produzir pêssegos em 50 hectares. O vale é cada vez mais atraente para quem quer investir na fruticultura e na horticultura.
Ultrapassados que estão os problemas estruturais do vale, nomeadamente a falta de água para regadio, com a conclusão de três barragens, e as acessibilidades precárias, resolvidas com a abertura do IP2 e do IC5, neste momento, a grande luta é a necessidade de ter uma agricultura competitiva para ganhar escala e quota de mercado. "Nestes últimos anos tem havido a capacidade de tornar as potencialidades do vale em verdadeiras oportunidades", referiu Manuel Cardoso, diretor regional de Agricultura. Não é por acaso que tem havido grandes investimentos e que a produção é escoada diretamente para as grandes superfícies, com produtores que fazem parte dos clubes de produtores.
Só em investimento público estão em marcha projetos que ultrapassam os dois milhões de euros. Para o reforço da capacidade da barragem da Burga, a instalação de contadores controlados por telegestão, e um projeto para a reorganização das culturas do vale de modo a fazer unidades de produção maiores e homogéneas. Ainda reina o minifúndio. Os agricultores querem criar explorações maiores, com gestão única, agrupando vários produtores para reduzir custos na aquisição de fatores de produção, a gestão do parque de máquinas, contração de mão de obra especializada. "É preciso abertura de mentalidades para fazer isto", admite Fernando Brás, presidente da Associação de Beneficiários do Vale da Vilariça.
O vale já produz muito e bem, mas emperra na comercialização. "O lucro fica nas empresas que compram a fruta e fazem a normalização e comercialização", explica José Almendra, técnico da associação. "A fruta tem qualidade, mas é vendida nas grandes superfícies sem a identificação do Vale da Vilariça", acrescentou. Outra ambição passa pela transformação da fruta, com o aproveitamento de subprodutos, fruta sem calibre para comercializar em fresco, que representa 20% da produção total e que tinha como destino o lixo. Os agricultores querem criar uma unidade para fazer a desidratação e vender como fruto seco. "Temos que aproveitar ao máximo o que temos", sublinha Fernando Brás.

JN

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