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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

A Lenda da Pedra Encantada

Local: Horta Da Vilariça, TORRE DE MONCORVO, BRAGANÇA

Conta a gente desta terra que, há muitos anos passados, quando toda a gente era humilde e dava as mãos ao trabalho, todos os camponeses se dirigiam para à campo, para cultivar os seus terrenos. Uns plantavam batatas e feijão, outros lançavam as sementes à terra, para depois colher o centeio e o trigo. 

    Certo é que todos precisavam de agradar as terras e, para a grada ficar mais pesada, todos eles escolhiam uma pedra muito lisa e redondinha que, por magia ou coincidência, estava sempre ali à mão. Tudo isto se repetiu por muitos anos, até que um dia um moço sonhou com a pedra, isto é, sonhou que ela falava e lhe pedia que a ajudasse a voltar para a sua casa. 
    Sonhou uma vez, sonhou duas e à terceira, sempre com o mesmo sonho, dirigiu-se ao campo, agarrou a pedra e dirigiu-se com ela até junto do rio Sabor. Aí partiu-lhe os quatro cantos, que era o que no sonho lhe fora pedido, depois atirou-a ao rio. 
    Então, qual não foi os eu espanto ao ver que a pedra se transformou numa linda sereia que, seguia rio abaixo, nadando e cantando assim, com uma voz encantadora: 

— Adeus Vale da Vilariça, 

Adeus á Fraga Amarela, 
Tanto ouro, tanta prata, 
Ali fica dentro dela.

Nestes montes eu vivi 

— Como pedra encantada, 
Tantos anos adormecida 
E pela grade embalada!.

Fonte:PARAFITA, Alexandre A Mitologia dos Mouros: Lendas, Mitos, Serpentes, Tesouros Vila Nova de Gaia, Gailivro, 2006 , p.327-328

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