O Município de Bragança apertou as medidas para evitar desperdício de água. A autarquia implementou ontem novas medidas reforçadas “tendentes à poupança”, como suspensão da rega de jardins públicos e a renovação de água nas fontes luminosas. Está igualmente proibido o uso da água de consumo público para regas e lavagem de viaturas. Como adiantou o presidente do Município, Hernâni Dias.
“Vamos suspender a rega dos jardins públicos e a renovação da água nas fontes luminosas. Está proibido o uso da água de consumo público na rega de jardins, hortas, e para a lavagem de viaturas, de forma a que uma situação, que começa a ser preocupante, não o venha a efetivamente, e fazendo com que as reservas de água da Serra Serrada se possam manter por mais tempo, até porque, de acordo com as previsões em termos climatéricos, apontam para a falta de chuva até ao final de setembro.”
O objectivo é evitar que as reservas da barragem da Serra Serrada, que estão nesta altura na ordem dos 50 por cento, se esgotem rapidamente. Com esse intuito a autarquia está a apostar também em apertar a fiscalização.
“Obviamente que aquilo que estamos a fazer é uma ação pedagógica, em primeiro lugar, e depois uma ação de fiscalização bastante mais apertada, para que as pessoas tomem consciência que não é correto estar a regar um jardim quando numa fase posterior pode haver falta de água para consumo humano, para fazer a comida e para outras necessidades básicas.
É importante que as pessoas percebam que a água é um bem essencial escasso, e que é preciso poupar para que não falte a ninguém”
No entanto, não foi para já posto em prática o tarifário de emergência com valores impeditivos por metro cúbico de água.
“Há uma outra medida, bastante mais pesada e gravosa, que é a aplicação de um tarifário de emergência que penaliza consumos excessivos, e que tem valores por metro cúbico de água muito superiores.
Essa será uma situação limite. Por enquanto entendemos que estas medidas que estamos a tomar nos vão levar a bons resultados, e esperando também que as condições climatéricas nos venham a ajudar.”
De acordo com o Município de Bragança, se não chover e se os consumos se mantiverem, as reservas de água são suficientes para apenas cerca de 70 dias, o que obrigou a autarquia a agravar as medidas com vista à poupança de água.
No ano em que ficou finalmente concluída a tão aguardada barragem de Veiguinhas, a seca severa que atinge a maioria da região, tem impedido o enchimento da barragem e o problema de abastecimento de água no concelho não está ainda resolvido.
Informação CIR (Rádio Brigantia)
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