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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

O carpinteiro e as feiticeiras

Local: Vilas Boas, VILA FLOR, BRAGANÇA

Havia um homem que trabalhava de sol a sol na arte de carpinteiro. E para sustentar a família, tinha que se deslocar da sua aldeia, e ia por caminhos de cabras, ou seja, trilho ruim. E então esse trabalhador deslocava-se de Carvalhal para Freixiel que era bastante longe. 

Certo dia, de regresso a casa, ao chegar perto do rio Tua, apercebeu-se que era seguido por um bando de patos, e pensou de si para si: 
— Lá deixei o portão do quinteiro aberto! 
Tentou chotá-los para trás, mas eles não obedeciam. Então chatiado, pegou numa foice que trazia ao ombro e atirou-lhes, dando com ela numa asa de uma das patas. E logo ali apareceu uma mulher despida. O trabalhador foi então cercado pelo resto do grupo das patas. 
O homem, cheio de medo, como não tinha como defender-se, despiu o casaco e atirou-lhes com ele para cobrir a pata ferida. Em vez de patos, eram feiticeiras que o seguiam. Foi um grande medo e as patas ameaçaram-no que, se falasse para alguém do episódio, ele morreria. E pelo outro dia, apareceu-lhe o casaco à porta de casa.

Fonte:PARAFITA, Alexandre Património Imaterial do Douro (Narrações Orais), Vol. 2 Peso da Régua, Fundação Museu do Douro, 2010 , p.294

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