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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 23 de agosto de 2015

Patos e lontras ajudam pessoas portadoras de deficiência em Miranda do Douro

A Estação Biológica Internacional (EBI), sediada em Miranda do Douro em colaboração com a associação Leque, está a desenvolver uma nova terapia de relaxamento, com recurso a patos e lontras, destinada a pessoas portadoras de deficiência física ou mental.


David Velasco, diretor da EBI, disse à agência Lusa que esta é uma nova experiência terapêutica de comunicação e relevamento destinado a pessoas portadoras de necessidades especiais.

"Contudo, há alguns anos, um outro projeto teve o seu começo com crianças autistas, a bordo dos nossos navios que fazem os cruzeiros ambientais no Douro Internacional e no lago da Sanabria (Espanha), onde utilizamos algumas das espécies da fauna desta duas zonas transfronteiriças", destacou.

No parque náutico de Miranda do Douro, no distrito de Bragança, onde está instalada a EBI, está a ser desenvolvida "uma nova a terapia de relaxamento e comunicação" com recursos a aves, como patos mergulhadores ou lontras e que começa a ser uma espécie de "ajuda" aos jovens e menos jovens com necessidades especiais.

"Agora em colaboração com a Leque, o estamos a fazer é: implementar um projeto-piloto com recursos a uma espécie de patos especiais [patos mergulhadores] que permitem ultrapassar barreiras que animais maiores criam no relacionamento com estas pessoas especiais e principalmente portadoras de deficiência", explicou o técnico.

Os patos mergulhadores "interagem bem" com os utentes, havendo um bom relacionamento, já que "são animais dóceis de fácil trato".

"O principal objetivo do programa é criar ligações com quem apresenta dificuldades em comunicar e ao mesmo tempo relaxar e acalmar estas pessoas", frisou.

Por outro lado, David Velasco, acrescenta que o programa terapêutico com recurso às lontras está agora a começar.

"Vão nascer duas crias que vão ser treinadas para este programa. Contudo, o casal de progenitores já fazem as delícias de que por ali passa", explicou.

E não foi difícil, após alguns minutos de contacto com patos e lontras, verificar o sorriso e a alegria das crianças que frequentam o Centro de Férias de Turismo Rural Inclusivo da associação Leque, o que se tornou num "momento especial".

A diretora da Associação de Pais e Amigos de Pessoas com Necessidades Especiais - Leque, Celmira Macedo, explica que esta colónia de férias é 'um respiro' para as famílias que têm filhos com deficiência, que pela primeira vez podem tirar férias tranquilamente.

"Estamos a conciliar o turismo rural como turismo terapêutico. Muitas destas crianças e jovens têm necessidades específicas e por esse motivo necessitam de um apoio terapêutico aliando a natureza à reabilitação psicomotoras de cada um dos intervenientes", explicou.

Segundo a técnica, é a primeira vez que associam a ruralidade e terapêutica e com resultados considerados como muito bons já que também o único centro que tem uma componente noturna.

No total, são 26 crianças vindas um pouco de todo o país, principalmente, dos grandes centros urbanas como Lisboa, Porto, Braga, Guimarães entre outras cidades.

"Este trabalho de inclusão poderá ser replicado em qualquer lugar do país, ou até da vizinha Espanha", concluiu.

Todo este trabalho inclusivo e terapêutico tem lugar até ao final do mês de agosto na colonia do Barrocal do Douro, no concelho de Miranda do Douro, e conta com o apoio de diversas entidades públicas e privadas.

FYP // MSP
Lusa/fim

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