O presidente da Fundação Côa Parque anunciou uma parceria com a Junta de Castela e Leão, Espanha, para a criação de um "bilhete único" que permite visitar o Museu do Côa e o sítio arqueológico de Siega Verde.
"Este bilhete é uma espécie de dois em um, que pretende divulgar os dois sítios arqueológicos que são considerados património mundial, existentes nos dois lados da fronteira junto ao rio Douro. Permite-se assim aos visitantes conhecer um território com mais de 25 mil anos de anos de história", avançou Fernando Real.
O território que une o Museu do Côa (MC), Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC) e o sítio arqueológico de Siega Verde, situado em Villar de la Yegua (Salamanca), estende-se por cerca de 60 quilómetros.
A decisão de avançar para a parceria foi anunciada numa altura em que a unidade museológica do Vale do Côa assinala o terceiro aniversário da sua abertura ao público (foi em 30 de julho de 2010) como uma estrutura do PAVC.
"No primeiro sitio a visitar, o turista paga o bilhete normal que custa cinco euros, permitindo a entrada gratuita no segundo sítio a visitar", acrescentou o responsável.
Fernando Real está convencido que esta colaboração será "marcante" para o território transfronteiriço da região do Douro e Côa.
Até ao dia 10 de agosto, tanto o MC como o PAVC vão receber um conjunto de atividades musicais, culturais, gastronómicas, astronómicas e visitas guiadas a uma região que é Património Mundial da UNESCO.
Desde a sua entrada em funcionamento, há três anos, o MC já recebeu cerca de 130 mil visitantes, numa altura em que "a procura interna é baixa devido à crise que se faz sentir no país", afirmou Fernando Real.
O MC abriu as portas a 31 de julho de 2010, 15 anos depois da polémica que determinou a suspensão a construção da barragem, devido aos protestos de ambientalistas e de especialistas em arte rupestre. O museu custou cerca de 17 milhões de euros.
in:rba.pt
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