António Santos dá como exemplo o facto de, há cerca de 20 anos, quando chegou a Miranda do Douro, existirem tantos alunos só na Escola Secundária como agora em todo o agrupamento. “Neste momento temos 700 alunos em todo agrupamento e quando entrei para a Escola Secundária, só essa escola tinha esse número de alunos”, constata o responsável.
O director do agrupamento encontra a explicação para esta diminuição de alunos, não só na baixa taxa de natalidade mas também na emigração da população residente no concelho.” Nós tínhamos, por exemplo uma população residente de estrangeiros, nomeadamente brasileiros e pessoas dos países de leste, que praticamente desapareceu.
Por outro lado, temos também muita gente da terra que emigrou, o que vai ditando uma desertificação crescente que nos preocupa imenso”, sublinha o professor.
Outra das questões que preocupa António Santos é aquilo que diz ser uma desigualdade de circunstâncias entre as escolas do litoral e do interior nos rankings nacionais de médias. Quando saem os rankings das escolas é sempre com grande apreensão que vemos o fosso que existe entre o interior e o litoral. Normalmente, só temos uma turma a fazer exames. Fazer médias numa turma não é a mesma coisa que em várias”, considera António Santos. O director do Agrupamento de Escolas de Miranda esta em entrevista no 5 perguntas desta semana, onde fala sobre outros temas, como por exemplo, a necessidade de efectuar obras na escola sede, que tem ainda partes do telhado com amianto.
Uma entrevista para ouvir hoje, na Brigantia, depois do noticiário das 17 horas e ler no Jornal Nordeste desta semana, já nas bancas.
Escrito por Brigantia
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