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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Cogumelos "made in" Japão produzidos em estufas de Vimioso

Cogumelos oriundos do leste do Japão, conhecidos por 'Shiitake', estão a ser produzidos em estufas na zona industrial de Vimioso, distrito de Bragança, por dois jovens empreendedores, os irmãos Rosário.

O método de produção de cogumelos 'Shiitake' é considerado simples e passa pela introdução de inóculos produzidos no laboratório em madeira previamente selecionada. A inoculação é feita em troncos de carvalhos, para assim se produzir um fungo que atualmente é dos mais consumidos na Europa, dadas as suas propriedades gastronómicas e medicinais.

Para se lançarem na produção de cogumelos, os irmãos Rosário abandonaram as profissões que tinham na área da multimédia e das engenharias.

"Tentamos apostar num tipo de empresa que se enquadra no concelho de Vimioso e, ao mesmo tempo, aproveitamos os recursos naturais existentes como é caso da madeira de carvalho", disse Paulo Rosário.

O projeto teve o seu início há dois anos, mas só agora é que começou a produzir, porque foi necessário reunir algumas condições.

"Tivemos de arranjar a madeira. Os primeiros troncos que foram inoculados são provenientes de uma exploração situada no termo de Santalhão e pertencente ao meu pai. Foi uma ajuda para dar início ao nosso projeto", explicou.

Outra das razões que atrasou o início da produção foi obtenção de fundos comunitários para dar início à criação do complexo de estufas, que requerem alguns cuidados.

O investimento na empresa Cogumelos do Planalto ronda os 100 mil euros, tendo obtido um comparticipação comunitária que ronda os 80 mil euros.

O projeto inclui duas estufas com ambiente controlado. Porém, a aposta terá de ir mais longe, já que, segundo os mentores, será necessário colocar equipamentos que produzam calor e humidade para que os cogumelos tenham o ambiente ideal a fim de se reproduzirem tanto de inverno como de verão.

"No período de inverno não vamos conseguir produzir as qualidades de cogumelos que esperávamos devido à falta de condições apropriadas para o efeito", frisou Paulo Rosário.

Nesta primeira fase de produção, o mercado mais natural será o nacional. O mercado espanhol será o potencial alvo numa segunda fase.

"Os vizinhos espanhóis consomem mais cogumelos do que os portugueses e, por esse motivo, é uma aposta a ter em conta, já que estamos muito próximos da fronteira", atirou o empresário nordestino.

Por outro lado, Rúben Rosário destacou no projeto conjunto com o irmão um ponto forte: o que passa pelo aproveitamento da madeira de carvalho autóctone para a produção de cogumelos de "altíssima qualidade".

A aposta passa pela produção de cerca de mil quilos de cogumelos 'Shiitake' por mês para tornar o investimento rentável.

FYP // JGJ
Lusa/fim

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