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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Maior produtor de cogumelos queixa-se de falta de mão-de-obra em Vila Flor

O principal grupo ibérico de cogumelos, Sousacamp, queixa-se da dificuldade em encontrar mão-de-obra para a empresa-mãe, sediada na aldeia de Benlhevai, Vila Flor, no distrito de Bragança.

O grupo que controla 90% do mercado português de cogumelos e é líder na Península Ibérica tem unidades em Paredes, Vila Real e Espanha, mas nasceu e mantém a sede e a principal fábrica nesta aldeia transmontana.

É nesta unidade, com cerca de 170 postos de trabalho, que tem a maior dificuldade em recrutar trabalhadores e onde continua a precisar de mão-de-obra, segundo afirmou à Lusa Amável Teixeira, diretor do departamento de produção do grupo.

"Muita gente fala de desemprego, mas nós continuamos a ter problemas quando queremos empregar pessoas", apontou.

O responsável reconhece que tanto neste concelho, com menos de 6.500 habitantes, como em todo o Nordeste Transmontano, os recursos humanos são cada vez menos, devido ao despovoamento e ao envelhecimento da população.

Porém, afirmou não entender "porque é que as pessoas não migram para o Interior", onde " a qualidade de vida será muito melhor do que no Litoral".

Ainda assim, segundo disse, a maioria das pessoas que trabalha na fábrica de Benlhevai é do concelho de Vila Flor, mas a empresa é "obrigada a ir buscar [trabalhadores] ao exterior", alguns a Espanha e outros de países do Leste europeu.

Quem quiser trabalhar, "tem aqui uma oportunidade, depois há que demonstrar que quer mesmo trabalhar", vincou o diretor.

O concelho de Vila Flor apresenta uma taxa de desemprego que ronda os 10,7%, inferior à média nacional.

O presidente da Câmara, Fernando Barros, encontra uma explicação para este desajustamento entre o desemprego, as necessidades da empresa e a disponibilidade da população ativa.

"Muitas vezes tem a ver com o valor que é pago", considerou, argumentando que pode prender-se também com o problema das deslocações porque "há sempre algumas distâncias entre o local de trabalho e a origem das pessoas", embora a empresa em causa disponibilize transporte aos seus trabalhadores.

Outra razão apontada pelo autarca tem a ver com o grau de exigência destas empresas e a cultura laboral existente numa região onde o trabalho em fábricas é escasso.

"São empresas também muito exigentes porque quando o cogumelo tem de ser colhido, tem mesmo de ser colhido, de dia ou de noite, ou ao sábado ou ao domingo ou num dia de semana. É natural que, às vezes, as pessoas não queiram trabalhar por turnos, por exemplo, mas isso é aqui e é em todo o lado", concretizou.

HFI // JGJ
Lusa/fim

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