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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Mogadouro invadido por máscaras e mascarados

Uma vila que, de repente, se torna o ponto de encontro de tradições e de rituais do solstício de inverno.

Foi o que aconteceu em Mogadouro, este sábado, no II Encontro de Máscaras, organizado pelo município e pela associação Aceitta.

Ao todo foram 9 os grupos de mascarados presentes, 5 do concelho e 4 vindos de outras regiões, aos quais se juntaram gaiteiros e pauliteiros. Tradições de inverno pagãs, que a Igreja foi tomando para si.

De mais longe, chegam os Caretos de Mira, originários da aldeia de Lagoa, já no concelho de Coimbra. Máscaras grandes, adornadas com cornos de boi, e saias vermelhas – assim trajam estes caretos vindo da beira-mar.

Estes caretos percorrem o concelho de Mira depois do Domingo Gordo, cercam as raparigas e emitem barulhos que as pretendem intimidar. Mário Almeida, de 71 anos, conta mais sobre esta festa.

Em Mira, as raparigas não participam.

O mesmo acontece na aldeia de Tó, concelho de Mogadouro, de onde chega o enigmático Farandulo, figura que se apresenta de negro, e que tinge da mesma cor a cara das solteiras. Mais personagens fazem parte da tradição: o moço, que representa o verão; a sécia, que representa a primavera; o mordomo, que representa o outono, e a quem cabe organizar a festa; e o Farandulo, o inverno, e a chegada do rapaz à ideia adulta, antes de ir para “as sortes”.

Ricardo Martins, 18 anos, este ano é o mordomo. Para o ano há-de ser o Farandulo, e abandonar a festa.

Mas não acaba por aqui.

Ainda conhecemos um velho, vindo São Pedro da Silva, Miranda do Douro.

A abrir o desfile, que percorreu as ruas da vila, e a chamar a atenção de quem assistia, estiveram os Caretos de Podence, talvez os mais conhecidos e que têm vindo a abrir caminho para outras tradições

António Carneiro, presidente da Associação do Grupo de Caretos de Podence, não esconde a satisfação pelo percurso desenvolvido até aqui.

É importante, pois, valorizar as máscaras existentes por todo o país, defende o presidente da câmara de Mogadouro, Francisco Guimarães.

Para o ano, este encontro pode ser internacionalizado, com presença de máscaras da vizinha Espanha.

Estiveram ainda presentes o Velho Chocalheiro de Vale de Porco, o Chocalheiro de Bemposta, os Velhos de Bruçó, os Caretos de Salsas e os recém-recuperados Caretos de Valverde.

Escrito por ONDA LIVRE

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