OPINIÃO
alguém poderá andar a brincar com a pobreza lusa e a privar de ajuda quem muito precisa
A informação chegou-me por quem anda «com a mão na massa», que é como quem diz, quem atende os carenciados. Somos um país pobre e a tendência vai ser para vivermos pior se não arregaçarmos as mangas.
A conversa barata da maioria dos políticos e de quase todos os sindicatos, está esgotada, porque agora quem controla o nosso orçamento é Bruxelas. Não há Costas, nem Antónios, ou Coelhos que façam milagres. O milagre tem de ser do trabalho e da produção.
Não faz sentido importarmos mão-de-obra sazonal e nós com uma orda de gente na flor da vida a receber sem trabalhar. Mas, neste Natal houve muita pobreza na nossa envergonhada gente, outra assumida e outra forjada pertencente a redes organizadas de pedintes que vieram de Leste e já auferem por cá o rendimento mínimo.
Por exemplo, na Roménia o rendimento mínimo é de 190 €. O que aqui ganham e o que tiram na pedinchice dá para as «organizações» engrossarem contas nos países deles.
Neste Natal, ao contrário do que eu pensava, os nossos ciganos, em geral, são compreensíveis quando não recebem os cabazes cheios. Alguns, felizmente, não estão muito necessitados.
Mas, os «insuportáveis» vindos de Leste são de uma exigência e grosseria impressionantes, como se estivessem a comprar os artigos que lhes dão. Se são roupas, miram-nas e remiram-nas antes de as aceitarem. Não se lhe aplica o ditado «cavalo dado não se olha o dente». E nos géneros alimentares aceitam-nos com a mesma exigência, o que leva a supor os mais atentos, que alguns dos artigos que lhe são dados, podem ter como destino a venda noutros locais. Era preciso fazer-se alguma coisa, porque alguém poderá andar a brincar com a pobreza lusa e a privar de ajuda quem muito precisa.
Jorge Lage
in:diario.netbila.net
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