quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Autarca de Bragança considera positivo avanço para retomar carreira aérea

O presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, considerou hoje "uma notícia positiva" a decisão do Governo relativa ao financiamento para retomar a carreira aérea suspensa há dois anos.

"É uma notícia positiva. Significa que o Governo definiu um montante máximo e que pretende garantir a ligação do Nordeste Transmontano com o sul do país", afirmou à agência Lusa.

O Conselho de Ministros aprovou hoje um montante até 7,8 milhões de euros para subsidiar durante três anos a carreira aérea e fonte do Ministério da Economia explicou à agência Lusa que este valor será pago diretamente à operadora que vier a ganhar o concurso previsto para o próximo ano.

Para Hernâni Dias, este "é o início de um processo que trará o avião de volta a Trás-os-Montes".

Porém, o autarca social-democrata afirmou estar "expetante para perceber as condições e se esta solução satisfaz os interesses dos cidadãos de Bragança que pretendam deslocar-se a Lisboa" e daqueles que da capital procurem Trás-os-Montes.

Hernâni Dias disse desconhecer ainda as condições em que a ligação será retomada e, por isso, escusou-se a tecer comentários sobre o facto de a solução para financiamento agora apresentada pelo Governo ser a mesma que vigorava anteriormente e que serviu de justificação para a suspensão dos voos.

"Gostaria de ver os termos, as condições para depois poder opinar", declarou.

A região de Trás-os-Montes teve voos regulares durante 15 anos com a carreira aérea Bragança/Vila Real/Lisboa, subsidiada pela União Europeia em 2,5 milhões de euros anuais diretamente às operadoras.

Em novembro de 2012, o Governo decidiu suspender os voos alegando que Bruxelas não autorizava mais este tipo de ajuda.

Em agosto de 2013, o executivo português chegou a publicar em Diário da República um novo modelo de financiamento com subsídio ao bilhete pago aos cidadãos, mas que acabou por abandonar.

Mais recentemente, em maio, foi conhecida a proposta de alargar a carreira a Viseu, Cascais e Portimão, com os voos a fazerem escala no aeródromo de Tires, ao invés do aeroporto da Portela.

HFI // MSP
Lusa/Fim

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