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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Basílica de Outeiro: e agora?

Pe. Calado Rodrigues
É frequente, quando comemos o pão que chega à nossa mesa esquecermos as mãos que desbravaram a terra, lançaram a semente, colheram o trigo maduro, bem como as que o amassaram, o levaram ao forno e o retiraram no momento certo. Só conhecemos as mãos daquele que no-lo vende, ou as daquele que recebe o nosso dinheiro e, por vezes nos dá o troco, quando o vamos buscar às prateleiras de um qualquer hipermercado. Por isso, é bom, de vez em quando, recordar e lembrar todos os que contribuem para que tenhamos pão na mesa e não só aqueles de quem o recebemos.
A pequena semente que D. António Rafael semeou, há mais de trinta anos, finalmente germinou e despontou com a atribuição do título de Basílica à igreja do Santo Cristo de Outeiro. Na celebração do Ano Santo da Redenção, em 1983, durante a peregrinação diocesana àquele santuário, o então bispo de Bragança-Miranda referiu a monumentalidade do templo que “merecia o título de Basílica”.
O Cón. Manuel João Gomes, pároco de Outeiro e moderador da Unidade Pastoral do Santo Cristo, não deixou cair no esquecimento essa feliz expressão de D. António Rafael, e recuperou essa aspiração por ocasião da celebração dos trezentos anos da inauguração da, agora, Basílica Menor. Para além de não deixar apagar “a torcida que ainda fumegava” soube soprá-la no momento certo, para que a ideia pudesse acender-se no tempo oportuno e tornar-se uma realidade.
Agora, que despontou a primeira folha é preciso continuar a cuidar da planta para que ela dê frutos. Certamente será essa uma das preocupações de D. José Cordeiro, que soube acolher a ideia e concretizá-la; bem como dos seus mais diretos colaboradores, a quem foi dado um papel de destaque na celebração litúrgica da “Concessão do título de Basílica Menor à igreja-santuário do Santo Cristo”, muito bem e merecidamente. Por eles passará a promoção pastoral, espiritual e cultural da única basílica, não só do arciprestado, como também, de toda a diocese de Bragança-Miranda.
Também lhes competirá zelar para que todos os eventos, sobretudo os litúrgicos, que aí tenham lugar, sejam expurgados de tudo o que não está de acordo com a dignidade basilical e sejam referência para toda a diocese. Durante a referida celebração verificaram-se algumas falhas, que, eventualmente, macularam a solenidade da cerimónia e que deverão ser evitadas em futuras ocasiões. Por exemplo, deve ser ponderada a leitura de textos em latim, e não me refiro à capacidade ou qualidade de quem os proclama, mas se será a melhor forma de fazer passar a mensagem para quem os escuta. Não teria sido melhor ler uma tradução em português do Decreto Apostólico da concessão do título basilical, para o povo o compreender e poder jubilosamente aplaudir a feliz notícia?... Além disso, como alguém referiu, muito oportunamente, no final da celebração, o Decreto não foi “lido à assembleia”, como se registou em ata, mas “foi lido perante a assembleia”, como deveria ter ficado escrito.
Oxalá eles consigam, com a colaboração de outros organismos civis, militares e académicos, fazer de Outeiro uma referência no panorama diocesano e até nacional, não só ao nível litúrgico, mas também e sobretudo, ao nível pastoral e cultural, para que a atribuição do título não caia em “saco roto”.

in:mdb.pt

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