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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Autarca de Moncorvo sereno face a queixa da Quercus à Unesco contra parque eólico

O presidente da Câmara de Torre de Moncorvo disse hoje estar sereno em relação a uma participação que a Quercus fez à Unesco relacionada com o projeto de um parque eólico a construir naquele concelho do Douro Superior.

Em declarações à agência Lusa, o autarca Nuno Gonçalves considerou que a Unesco vai dar razão ao projeto do empreendimento, que é importante para o desenvolvimento daquele território.

"Estamos a falar de 70 milhões de euros, dos quais 3,5 milhões revertem diretamente para o município para serem investidos numa região de baixa densidade populacional, onde atrair investimentos desta envergadura é muito difícil", indicou.

Segundo uma nota da Quercus, enviada à agência Lusa, o parque eólico vai afetar a paisagem na Zona Especial de Proteção do Alto Douto Vinhateiro, classificado como Património Mundial.

Para o autarca transmontano, a empresa [do grupo Island Renewable Energy] teve em conta "todos" os índices necessários para aprovação do projeto, quer ambientais quer paisagísticos.

"Ao que julgo saber, durante o período em que projeto do parque eólico de Torre de Moncorvo esteve em consulta pública, nenhuma associação ambientalista deu um parecer negativo, nomeadamente aquela que agora faz uma queixa na Unesco", frisou Nuno Gonçalves.

A Quercus considera que, face "a mais este atentado" à Paisagem Cultural do Alto Douro Vinhateiro, Património da Humanidade, "apela à Unesco" para intervir preventivamente junto do Governo do Estado português, por forma a evitar a aprovação do Parque Eólico de Torre de Moncorvo e a consequente descaracterização da paisagem cultural provocada pela sua construção.

Numa posição expressa em setembro, o presidente da Direção Nacional da Quercus, João Branco, disse à Lusa que a construção de 30 aerogeradores no parque eólico, com 120 metros de altura, é equivalente à construção de 30 prédios, com 30 andares cada.

"A instalação do parque eólico vai 'ferir' a paisagem, já que se trata de uma estrutura visível a várias dezenas quilómetros do local", justificou.

Na queixa agora apresentada, a Quercus considera que este projeto do parque eólico não está em condições de ser aprovado pelo Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia.

O futuro parque eólico vai ficar instalado a 900 metros de altitude, num local situado entre as localidades de Lousa e Castedo e estende-se ao concelho vizinho de Carrazeda de Ansiães (Bragança), onde serão colocadas até oito torres eólicas.

Para os ambientalistas da Quercus, a questão do ruído provocado pelos aerogeradores vai para além do permitido por lei.

Outras preocupações manifestadas pelos ambientalistas tem a ver com avifauna existente da região, como é caso de colónias e abrigos de morcegos, um casal de Águia-de-bonelli - espécie ameaçada de extinção cuja população portuguesa é de apenas de cerca de 100 casais - e duas parelhas de águia-real.

No campo da flora autóctone, os zimbros, sobreiros e azinheiras são outras das preocupações manifestadas pelos ambientalistas, já que são espécies que proliferam na zona.

Em maio passado, o grupo Island Renewable Energy avançava que a construção do PETM, no distrito de Bragança, deverá ocorrer até final de 2015, acrescentando os seus responsáveis que a unidade deveria entrar em funcionamento em 2016.

O investimento da multinacional de capitais irlandeses ronda os 80 milhões de euros, o que vai permitir a instalação de 25 a 30 aerogeradores com uma potência que vai de 2,0 a 2,5 megawatts, tratando-se assim de "um investimento viável".

O Island Renewable Energy já havia formalizado um pedido de empréstimo no valor de 40 milhões de euros junto do Banco Europeu de Investimentos (BEI).

FYP // MSP
Lusa/fim

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