A mais recente aventura de Astérix, apresentada esta quarta-feira a nível mundial, com o título "O Papiro de César", vai ter uma edição de 1.500 exemplares traduzidos para língua mirandesa, disse à Lusa fonte das edições Asa.
A tradução do francês para língua mirandesa, das novas aventuras do pequeno herói gaulês, esteve a cargo do linguista José Pedro Ferreira e do investigador e escritor Carlos Ferreira.
Para os tradutores, houve alguma liberdade na tradução, apenas não foi autorizado a tradução do nome de algumas personagens como, por exemplo, o próprio Astérix e o seu leal amigo Obélix.
"Há um aspeto muito importante neste trabalho que é tradução dos nomes das personagens. Do ponto de vista contratual, não foi permitido a tradução de alguns nomes de personagens [emblemáticas], mas, de outros temos a liberdade para a tradução, de forma a tornar os nomes o mais fiel possível à língua [mirandesa]", explicou Carlos Ferreira.
A Lusa, no entanto, teve acesso às traduções de algumas das novas personagens da história: "Doublepolemix - Polemicaldrobix", "L'écho de Condate - Boç de Cundate", "Rézowifix - Redesinfilix", "Ultradetentus - Haiportolhadus", "Bonus Promoplus - Propagandus", "Colporteur sans frontière - Almocrebe sien frunteiras".
No entanto, já havia algum trabalho feito até porque os mesmos autores já tinham colaborado na tradução de outros dois álbuns.
"Esta edição é uma coisa fantástica para uma língua de pequena abrangência social e confinada a uma região como é o mirandês", frisou o tradutor à Lusa.
Por seu lado, o presidente da Câmara de Miranda do Douro, Artur Nunes, disse que, apesar de não ser reconhecida como língua minoritária na Europa, por "irresponsabilidade" que atribui sobretudo ao poder central, à política de diferentes governos, a publicação que agora foi apresentada reflete o reconhecimento cultural e riqueza linguística do mirandês à escala mundial.
No passado, publicaram-se outros dois títulos do Astérix em mirandês, designadamente, "Astérix, L Goulés", com uma primeira edição datada de setembro de 2005, e "Astérix, L Galaton", também como uma primeira edição de novembro de 2006.
No total, venderam-se cerca de 13.000 exemplares destes dois títulos até à data.
Segundo indicou o editor de banda desenhada das edições Asa, Vítor Silva Mota, o Astérix é um verdadeiro fenómeno editorial à escala planetária, e a editora quis "prestigiar" esta nova aventura do herói gaulês com a edição nas duas línguas oficiais de Portugal, o mirandês e o português.
A ASA, editora oficial e exclusiva do Astérix em Portugal, disponibilizará uma edição em português com 60.000 exemplares e outra em mirandês com 1.500.
O álbum é lançado hoje simultaneamente em todo o mundo, em 20 línguas, com uma tiragem total de quatro milhões de exemplares.
tvi24
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