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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Monumento único em Trás-os-Montes é desconhecido da maioria da população

A cerca de um quilómetro de Miranda do Douro, a caminho duma quinta que, no século XVI, foi residência de Verão dos arcebispos, situa-se um monumento único em Trás-os-Montes: o Aqueduto do Vilarinho.

Este património, ainda que raro, é pouco conhecido por quem demanda o Nordeste Transmontano e, também, pela própria população da região.
Mas, o certo é que, no Norte do País, o Aqueduto do Vilarinho só tem paralelo em Vila do Conde, mas nem por isso integra os roteiros turísticos de Trás-os-Montes e, muito menos, de Portugal.
A sua importância reside no facto de ter sido uma infra-estrutura extremamente imprescindível para as gentes de Miranda e por se tratar de um imóvel tão raro.
De modo a divulgar este património, o Gabinete Técnico Local (GTL) de Miranda do Douro pretende avançar com um conjunto de iniciativas ao nível da promoção e sinalização. “Vamos colocar uma placa a sinalizá-lo e integrá-lo num roteiro turístico da cidade, de modo a valorizá-lo”, avançou Ernesto Vaz, arqueólogo do GTL.
Dada a sua localização, apenas a um quilómetro de Miranda do Douro, as pessoas não têm conhecimento da existência de um monumento tão rico e raro. Daí que o GTL esteja disposto a rentabilizar o aqueduto sob o ponto de vista do turismo.

Água potável indispensável

Os tempos áureos do Aqueduto do Vilarinho remontam ao século XVI. A partir de Após 1545, Miranda do Douro vê a população a aumentar de um modo galopante. Comerciantes, diversas entidades religiosas e militares, assim como um vasto conjunto de personalidades intelectuais instalam-se na recentemente elevada a cidade, o que faz aumentar as suas necessidades. “Como noutros tempos remotos, o abastecimento de água era inadiável e imprescindível”, avançou António Mourinho, director do Museu da Terra de Miranda. Até então, a água era colhida em poços, processo pouco adequado à situação geográfica da cidade, uma vez que “Miranda do Douro estava permanentemente em perigo de ser atacada pelos exércitos castelhanos e, por isso, a população dentro das muralhas necessitava de água potável em tempo de guerra”, recorda o responsável.
Parte da população, a mais abastada da região, possuía poços de corda e roldana junto das suas habitações ou, até mesmo, dentro das casas. Contudo, os habitantes mais pobres não tinham condições de possuir ou construir as cisternas.

População exige aqueduto

É com base nestas circunstâncias que os habitantes exigem a construção de um aqueduto, por volta dos anos 80 do século XVI, cujo contrato é celebrado em Fevereiro de 1587.
A captação, segundo Ernesto Vaz, “era feita em Vale de Mira e a ligação vai até ao rio Fresno, onde desagua”.
Erguido com pedras mirandesas, o monumento é formado por seis anéis, redondos, todos desiguais, num comprimento total que ascende aos 500 metros.
Com a construção do imóvel, resolveu-se o problema da carência de água e das doenças provenientes da falta de qualidade e salubridade do precioso líquido. “Apesar do aqueduto não ser uma estrutura muito grande, permitia um abastecimento elevado de água, que se manteve em actividade até finais do século XIX”, explicou o arqueólogo.

in:diariodetrasosmontes.com

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