A Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes vai queixar-se à União Europeia pela forma como está a ser feita a distribuição de fundos comunitários no Norte do país.
Para o presidente da CIM Terras de Trás-os-Montes, os fundos de coesão do actual quadro comunitário de apoio estão a contribuir para aumentar as assimetrias entre o Porto e a restante região norte.
Américo Pereira considera que a aprovação de fundos do quadro em vigor desde o ano passado a norte está a “violar todas as regras” da coesão territorial e do combate às assimetrias regionais.
“Está a aumentar o fosso no que diz respeito a assimetrias entre o Porto e o resto da região Norte. O Porto tem um montante aprovado muito acima do que deveria ter, e a zona metropolitana já não é zona de convergência”, acusa.
A assembleia da CIM discutiu ontem a criação de uma comissão para reunir os dados comparativos relativos a apoios aprovados para enviar à união europeia, juntamente com uma denúncia.
De acordo com Américo Pereira, a diferença do número de projectos financiados e verbas atribuídos à zona do Porto e de Trás-os-Montes “é completamente desproporcional”. “Trás-os-Montes tem 11 projectos aprovados num montante de investimento elegível de 1 milhão de euros, a área metropolitana do Porto tem 440 projectos aprovados num total de 104 milhões de euros. O montante aprovado é 100 superior ao da nossa região”, adiantou o também autarca de Vinhais.
Américo Pereira afirma que a tendência já se verificava nos outros quadros, mas neste agravou-se, “é o pior de todos”.
A distribuição dos fundos de coesão e o considerado aumento das assimetrias a norte foram um dos temas debatidos na Assembleia da CIM Terras de Trás-os-Montes, que decorreu ontem na sala dos actos do Teatro Municipal de Bragança.
Escrito por Brigantia
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