Deus é carne (Jo 1,14) e quis nascer numa família humana. Maria e José acolhem a Graça Maior da divindade e da humanidade. A encarnação de Deus na vida e na história das pessoas abriu uma inédita relação do ser com e para os outros nos caminhos da santidade e da misericórdia.
O mistério do nascimento de Jesus Cristo, a Luz que nasce da Luz, espicaça constantemente a uma Igreja alegre, servidora e pobre ao serviço de todos, especialmente dos que mais precisam. O desafio da Igreja é o de uma pastoral mais profética no mundo, «porque a sua comunidade é formada por homens, que, reunidos em Cristo, são guiados pelo Espírito Santo na sua peregrinação em demanda do reino do Pai, e receberam a mensagem da salvação para a comunicar a todos. Por este motivo, a Igreja sente-se real e intimamente ligada ao género humano e à sua história» (Gaudium et Spes 1).
O Natal proclama a dignidade inalienável da pessoa humana e transforma o coração dos que desejam ver o Invisível «para que, contemplando a Deus visível aos nossos olhos, aprendamos a amar o que é invisível» (Prefácio do Natal I).
Por isso, precisamos de adultos que sejam educadores e testemunhas com as crianças, com os adolescentes e com os jovens nos caminhos da verdade, da justiça, da responsabilidade e da liberdade em todos os ambientes humanos, naturais e digitais, para vermos a salvação de Deus (cf. Lc 3,6) e para uma cultura da ternura.
De coração aberto, na alegria da fé, da esperança e da caridade, sejamos autênticos discípulos missionários da Paz e da Luz do Evangelho.
A cada pessoa e a todas as famílias, um santo e misericordioso Natal!
José, Bispo de Bragança-Miranda
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