Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Museu Municipal Martim Gonçalves de Macedo nasce em Macedo de Cavaleiros

Quem foi Martim Gonçalves de Macedo? O que fez ele? Porque se fala nele? Porque tem ele um museu que lhe é dedicado?


Questões normais uma vez que, como refere o Presidente da Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros, Duarte Moreno, “foi uma figura que passou em claro na história que nos ensinaram nos bancos da escola.” No entanto, para o historiador Carlos Mendes, responsável da Associação Terras Quentes, Martim Gonçalves de Macedo “foi o homem certo, no lugar certo, no momento certo”.

Feita a introdução prévia, talvez permaneça ainda com as suas dúvidas iniciais. Propomo-nos a eliminá-las já. Ora aqui vai: A Martim Gonçalves de Macedo se deve, presumivelmente o facto de nos pronunciarmos e escrevermos em Português. Foi ele herói na Batalha de Aljubarrota, que pôs fim à crise de sucessão no trono Português e afastou a ambição Castelhana entre 1833 e 1385. A ele se deve a vida do Mestre de Avis.

Foi o Nobre Macedense que desferiu golpe fatal no Castelhano que se preparava para fazer o mesmo ao futuro D. João I, quando este perde a sua arma de ataque. “O homem certo, no lugar certo, no momento certo”, percebe-se agora porquê! O feito, mereceu de D. João I, grandes honrarias, ordenando Martim Gonçalves de Macedo como “Cavaleiro”, passando a constar no brasão de armas da família um braço com a maça com que matou o Castelhano, e o domínio das terras de Macedo de Cavaleiros. Com o início do reinado, desencadeou-se também a designada Campanha do Norte, com o objetivo real de conquistar as 56 Comarcas, entre as quais Bragança e Chaves, dominadas ainda por Castela. Nesse sentido, o exército Português comandado por D. Nuno Álvares Pereira, esteve estacionado no concelho de Macedo de Cavaleiros, em Castelãos, entre 16 de abril e 9 de maio de 1386.

Martim Gonçalves de Macedo passou, neste sábado, a ter um museu a ele dedicado. Momento presenciado, entre outros, pelos Diretores Regionais de Cultura e Agricultura e Pescas, pelo Bispo de Bragança-Miranda e pelo pretendente ao trono português, D. Duarte Pio, e que o Presidente da Câmara Municipal classificou como o de “reencontro de Macedo de Cavaleiros com a sua história. A partir de Macedo de Cavaleiros afirma-se um legado e fazemos a justa homenagem a um conterrâneo umbilicalmente ligado à manutenção da Nacionalidade Portuguesa. Atribui-se a Martim Gonçalves de Macedo o lugar que lhe pertence por direito próprio na História.” 

O 1º espaço do Museu Municipal Martim Gonçalves de Macedo, como Duarte Moreno se lhe referiu por ainda não se encontrar todo o projeto concluído, nasceu na antiga escola primária nº2 (Toural). “Substituímos as secretárias, os bancos e o antigo quadro negro de ardósia, mas não retiramos ao edifício o carácter didático e a fonte de aprendizagem que sempre teve”, acrescentando que “é um novo ponto de interesse turístico, mas é, sobretudo, um local que preserva a nossa história e um centro de conhecimento, que será atrativo para escolas dos diferentes níveis de ensino do nosso país, para os Macedenses e para todos os que nos visitam, a que devemos acrescentar duas ampliações, uma com um espaço para retratar o acampamento de Castelãos e um pequeno auditório, e um outro para merchandising e acolhimento de pessoas, para concluirmos o projeto.”

Carlos Mendes define este “como um museu único no país. O primeiro sobre os acontecimentos de Aljubarrota e das Campanhas do Norte, surgindo como um excelente complemento ao Centro Interpretativo da Batalha, que fica no Campo de Sº Jorge, e que também reconhece a figura do Martim, tendo lá uma lápide evocativa.” O espaço reúne um espólio diversificado de espadas, algumas de justiça, apenas empenhadas por D. João I ou Nuno Álvares Pereira, engenhos de guerra utilizados na Campanha do Norte, a recriação do momento do episódio heróico e uma coleção de moedas desde o tempo do Mestre de Avis a D. Sebastião, retratando a importância da vida de D. João I para o início da expedição marítima de Portugal. “São peças originais da época da batalha apenas presentes em Macedo, porque não se encontram em mais lado algum”, esclarece o historiador.

Nesta primeira fase, as visitas ao Museu Municipal Martim Gonçalves de Macedo destinam-se a grupos, principalmente escolares, através de marcação prévia no Posto de Turismo (telefone 278 426 193).

NI-Nélio Pimentel
in:noticiasdonordeste.pt

Sem comentários:

Enviar um comentário