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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

PCP reclama medidas do Governo para segurança no Cachão, em Mirandela

A direção regional de Bragança do PCP (DORBA) reclamou hoje medidas do Governo para garantir a segurança no Cachão, em Mirandela, onde deflagrou, no domingo, um incêndio em dois armazéns de plástico prensado.

Os comunistas lamentam, em comunicado, que tenha ocorrido "mais um incêndio de grandes proporções" no antigo complexo agroindustrial e lembram que desde 2012 têm "alertado para os riscos ambientais, de saúde pública e catástrofes que a atividade de armazenamento de lixo reciclável (metais, papel e plásticos) potencia, ao coabitarem com outras unidades produtivas, nomeadamente, extração de mel, congelação de castanha, queijaria, lavandaria de lãs".

O PCP anunciou que vai voltar, através do Grupo Parlamentar, na Assembleia da República, a questionar o Governo sobre "que medidas vai tomar para garantir a segurança das populações e salvaguardar os problemas ambientais e de saúde pública".

A DORBA "considera incompreensível e inaceitável que "nada tenho sido feito para evitar mais esta catástrofe", depois do primeiro incêndio, em setembro de 2013.

A organização liderada por Filipe Costa refere ainda que o Ministério do Ambiente teve "conhecimento do conjunto de irregularidades em que esta empresa persiste", apontando "falta de licenciamento para a gestão de resíduos não perigosos e armazenamento ilegal de plásticos".

O ministério chegou mesmo, segundo ainda o partido, a comunicar à empresa "a remoção imediata dos referidos resíduos".

"Consideramos que este é o resultado das políticas erradas de sucessivos governos e da conivência das autarquias de Vila Flor e Mirandela porque permitem que a empresa desenvolva ilegalmente a sua atividade e persistem em não pensar no complexo como um fator de desenvolvimento da região e criação de emprego", lê-se no comunicado.

A DORBA reclama ainda "uma nova política para o Complexo Agro - Industrial do Cachão que inverta o rumo de intensa degradação e vise a recuperação da sua missão enquanto entreposto de recolha, transformação e escoamento dos produtos da região".

As autoridades desconfiam de fogo posto e o caso está a ser investigado criminalmente.

Este é o segundo incêndio que em pouco mais de dois anos atinge os armazéns da mesma empresa, a Mirapapel, "só naquele material e sempre no mesmo local", como disse anteriormente à Lusa o administrador do Cachão, António Morgado.

O alerta foi dado por volta das 19:00 e três horas depois as chamas estavam dominadas, mas os bombeiros vão permanecer no local durante alguns dias para o rescaldo.

O antigo Complexo Agroindustrial do Cachão (CAICA) recebeu o nome da aldeia onde está instalado, em Mirandela, e foi durante largos anos o principal empregador da região, mas acabou por falir.

Em 1993, as Câmaras de Mirandela e Vila Flor assumiram a administração do antigo complexo agora denominado AIN - Agroindustrial do Nordeste.

A AIN arrenda ou vende os espaços e quem licencia as atividades económicas são as respetivas entidades oficiais.

Atualmente estão instaladas no local cerca de uma dezena de empresas com mais de cem postos de trabalho, que chegam aos 250 em atividades sazonais, segundo a administração.

HFI // MSP
Lusa/fim

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