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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Autoridades desconfiam de fogo posto no Cachão, Mirandela

O administrador do Cachão, António Morgado, afirmou hoje à Lusa que as autoridades suspeitam de fogo posto no incêndio que deflagrou, no domingo, em dois armazéns de plástico prensado deste complexo industrial do distrito de Bragança.

Este é o segundo incêndio que em pouco mais de dois anos atinge os armazéns da mesma empresa, a Mirapapel, "só naquele material e sempre no mesmo local", sublinhou o administrador, adiantando que a GNR esteve no local, o caso foi entregue ao Ministério Público e será investigado pela Polícia Judiciária.

O administrador do complexo salientou que desta vez o fogo "foi mais pequeno" que o primeiro e não chegou a atingir outros edifícios contíguos onde estava armazenado mais material do género, mas haverá trabalho para "dois ou três dias" para os bombeiros.

O fogo deflagrou não só nos dois armazéns, mas também no outro que já tinha ardido, em setembro de 2013, e que funcionários que ainda se encontravam no local conseguiram apagar, de acordo com o administrador do complexo que alberga cerca de uma dezena de empresas e emprega permanentemente mais de uma centena de pessoas, chegando às 250 em trabalhos sazonais.

O alerta foi dado por volta das 19:00 de domingo e o fogo controlado três horas depois, ficando confinado aos dois armazéns, embora continue a arder e o trabalho de rescaldo será "prolongado", mobilizando às 10:30 de hoje 29 viaturas e 71 operações, segundo informação fornecida à Lusa pelo Comando Distrital de Operações e Socorro (CDOS).

O antigo Complexo Agroindustrial do Cachão (CAICA) recebeu o nome da aldeia onde está instalado, em Mirandela, e foi durante largos anos o principal empregador da região, mas acabou por falir.

Em 1993, as Câmaras de Mirandela e Vila Flor assumiram a administração do antigo complexo agora denominado AIN - Agro Industrial do Nordeste.

A AIN arrenda ou vende os espaços e quem licencia as atividades económicas são as respetivas entidades oficiais.

No caso dos armazéns afetados pela incêndio deste domingo são propriedade privada da empresa, pelo que a administração do complexo não tem poder para qualquer intervenção, como explicou.

Já no caso do primeiro armazém que ardeu, há mais de dois anos, era um espaço arrendado e as autarquias donas do complexo estão a tentar arranjar uma solução para os resíduos queimados que se mantém no local.

O presidente da Câmara de Mirandela, António Branco, explicou à Lusa que notificaram o proprietário para proceder à remoção, mas como nada foi feito, "as autarquias têm de se substituir à entidade responsável e depois haverá meios de cobrança coerciva".

O problema, continuou, é que aquele material queimado "não é fácil de depositar, é material que ninguém quer" e a única possibilidade parece ser a incineração.

"Estamos a tentar negociar, mas aqui na zona não há solução", afirmou, acrescentando outra dificuldade: a dos custos elevados.

"Em média custa 80 euros por tonelada e estão lá mais de mil toneladas", concretizou.

A Lusa tentou contactar o proprietário da empresa Mirapapel, mas sem sucesso.

Agência Lusa

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