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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira..
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Aldeia de França através dos tempos...

1258
Inquirições de El Rei D.Afonso III e D. Dinis referentes ao distrito de Bragança freguesia de Sam Lourenço de França; a aldeya que chamam França que som quatorze casases he provado que foy pobrada em tempo d’El Rey dom Afonsso prestumeiro em termo de Bragança em regeengo d’El Rey e devia seer foreira d’El Rey; e ora tragen-a por honrra des entom cavaleiros e creligos e peões de seaura e outros homeens que non fasem ende nada a El Rey nem a Bragança salvo sete casases; e disem as testemunhas que nom sabem per que rasom a tragem por honrra. Seja toda devassa e entre hy o moordomo por seus dereitos e chame El Rey sobr’ela se quiser.

(Abade de Baçal, tomo III)

1331
Carta régia que manda a Afonso Fernandes de Figueiredo, alcaide de Bragança e povrador de El Rei, reintegrar o convento de S.Martinho da Castanheira e o seu abade dom Mendo, na posse da aldeia de Vila Meã e dos casais de França.Abade de S. João 8 de Março de 1331.
«Conoscam quantos este estromento ou traslado desta carta virem como em presença de my Garcia Lopes tabaliom pubrico d’El Rey em Bragança e das testemunhas que adiante som escritas estando na aldea de Vila Meyaa Affonso Fernandes de Figueiredo alcayde de Bragança e povrador d’El Rey em terra de Bragança e dom frey Meendo abbade do moesteyro de Santo Martinho de Castanheyra mostrou e fez leer por my tabaliom hua carta de nosso senhor El Rey escrita em presença da corte e seelada do seu seelo pendente de cera vermelha com cordom vermelho de fios de linho em a qual carta de verbo a verbo o tehor tal he.
«Dom Affonso pela graça de Deus Rey de Portugal e do Algarve. A vos Affonso Fernandes meu povrador e ao meu escrivão de Bragança saude.
Sabede que demanda era per ante my antre o abbade e convento do moesteyro de Santo Martinho de Castanheyra da hua parte e o meu povrador da outra dizendo os ditos abbade e convento que estando eles em posse da aldeya de Vila Meyaa e dos casaes de França que este meu povrador os mandara tirar da dita posse non sendo elles antes chamados nem ouvidos como o dereyto quer e pediam que o dito moesteyro fosse tornado a sa posse da dita aldeya e casaes e se o meu povrador contra eles entendia d’aver alguus dereytos sobr’eles que os demandasse per hu devya e como devya e que eles lhi fariam dereyto; e o meu povrador dizia que a dita aldeya e casaes eram meus reguengos e foreyros e que mos trazia o dito moesteyro escondudos e sonegados como non devyam e que por esta razom diziam que nom avyam porque seer tornados aa dita posse; e eu (…) mandey a vos que fesessedes hy enquiriçon; e aberta e pubricada a dita enquiriçon presente o meu povrador e frey Joham de Bolanhos frade do dito moesteyro e procurador dos ditos abbade e convento achey que o dito moesteyro esteve em posse da dita aldeya e dos ditos casaes des trinta e quarenta annos aaca; e porem tenho por bem e mando-vos que os tornedes a sa posse delles a si como ante estavam e se lhis alguma cousa per esta posse teedes filhado entregade-lha logo em al non façades e os sobreditos ou alguem por elles tenha esta carta. Dada em Santarem treze dias de Janeyro El Rey o mandou por Joham Vicente seu creligo e por Lourenço Gomes de Porto de Moos seu vassalo; Affonso Gomes a fez era de mill e trezentos e sessenta e nove annos; Joham Vicente e Lourenço Gomes a viu».
A qual carta leuda por mym tabaliom sobredito logo o dito Affonso Fernandes provador d’El Rey pela dita carta e por comprir mandado d’El Rey meteu em posse corporalmente ao dito dom frey Mendo abbade e ao convento do dito moesteyro de Santo Martinho da Castanheyra da dita aldeya de Villa Meyaa e dos casaes de França com todos seus dereytos e perteenças em nome do dito moesteyro assi como na dita carta e conteudo e o dito abbade assi a recebeu logo a dita posse em nome de si e do convento e do dito moesteyro.
Testemunhas que presentes foram: Joham Pires da rua de Santo Francisco de Bragança e Affonso Martins abbade de Santo Johane de Bragança e Joham Martins clerigo seu hirmao e Diogo Lopes de Bragança, Garcia Anes abbade de Villa Meyaa e Domingos Rodrigues e Affonso Rodrigues e Miguel Deusdy e outros; da qual cousa o dito dom abbade pediu a my Garcia Lopes tabaliom sobredito este estromento com traslado da dita carta e eu deylho com meu sinal que tal he. [Lugar do sinal publico]. Feyta em Villa Meyaa oito dias de Marco era de mill e trezentos e sessenta e nove annos».

1356
O mosteiro de S. Martinho da Castanheira, junto ao Lago, em terra de Sanábria, Espanha, pertencente à Ordem de Cister, teve dentro dos muros da cidadela, em Bragança, um Hospício. Ficava detrás da matriz de Santa Maria em umas casas que em 1721 chamavam da Parreira.
O mosteiro de S.Martinho da Castanheira teve em terra de Miranda muitas propriedades.
No concelho de Bragança pertencia-lhe, além de outros bens, metade dos dízimos da aldeia de Vila Meã em que também apresentava justiças, direito que perdeu antes de 1721, bem como os dízimos que passaram a uma comenda da Ordem de Cristo.
Em 1356 deu este mosteiro, por quinze anos, todos os seus que tinha «em S.Martinho de Angueira de Miranda, e em França, e Aveleda de Bragança, com todos os seus Foros, e padeliças» (pastagens) a Estêvão Pires, de Bragança, em conta do que lhe devia.

(Abade de Baçal, tomo II)

1643
GUERRAS DE 1640
Em 1643 tirou el-rei o governo das armas da província de Trás-os- -Montes a Rodrigo de Figueiredo de Alarcão, que foi chamado a Lisboa por causa de injustas queixas, diz o autor, que os povos fizeram contra seus irmãos. O conde da Ericeira reconhece que os irmãos de Rodrigo de Figueiredo tinham cometido excessos, mas não de tal ordem que merecesse tamanha desconsideração, sendo o seu zelo e valor assaz reconhecidos e em mais de uma ocasião demonstrados.
Para o substituir no governo da província, elegeram D. João de Sousa da Silveira, alcaide mor de Tomar, mestre de campo no Alentejo, onde muito se distinguira. Como o seu antecessor, continuou as entradas na Galiza. Em Bragança reuniu ele oitocentos infantes e sessenta cavalos e foi atacar o lugar de Pedralva no vale de Sanábria.
Eis como Almeida descreve esta incursão: «Em hum domingo nove d’agosto de 1643 mandou (o governador) ajuntar todas as companhias, que na cidade e seu termo avia. Expose o Sanctissimo Sacramento no Collegio da Companhia de Jesus. Confessaram-se e comungarão muitos soldados e feita oração ao Senhor, marcharão as companhias para fora da cidade a Valdalvaro, onde ordenou que o seguissem, sem dar conta de seus intentos: e caminharão até Aveleda duas horas de noite, onde os soldados descansarão hum pouco. Aqui se proverão de polvora, morrão e ballas.
Depois de descansar por espaço de duas horas continuaram o caminho: hia diante a cavallaria com nove batedores, por causa das altas matas, e urzedos, em que podia haver alguma cilada; e n’esta forma forão quatro legoas em grande silencio. Ao romper da alva chegarão a hum alto á vista do inimigo». Os moradores de Pedralva ainda tentaram defender-se num reduto que haviam construído fora do lugar, mas em breve se recolheram ao adro da igreja, que tinham fortificado; porém, de nada lhes valeu, porque com perda de quarenta mortos, dez ou doze feridos e cento e oitenta prisioneiros, foram obrigados a render-se. Os redutos foram destruídos, Pedralva saqueada e queimada, o que tudo concluído, se retiraram os nossos para Aveleda, onde jantaram e descansaram, recolhendo depois a Bragança, onde foram recebidos com «mostra de grande aplauso e alegria».
Neste ataque muito se distinguiram os capitães Francisco de Morais, António de Almeida e Pacheco e o capitão-mor Salvador de Melo da Silva.
A 8 de Outubro de 1643, acompanhado de cento e sessenta cavaleiros e bom número de infantaria, saindo de noite de Bragança, sem comunicar a ninguém o seu intento, caiu de improviso o governador D. João de Sousa sobre a rica povoação espanhola de Rio de Maçanas que saqueou e incendiou, evitando seus moradores, na fuga, danos maiores, e tendo feito o mesmo a outra povoação vizinha, se recolheu a Bragança carregado de despojos.
Aos 17 do mesmo mês de Outubro, com idêntico mistério sobre o objectivo da excursão, foi D. João de Sousa amanhecer sobre a rica povoação espanhola de Lubian, que teve destino igual às precedentes, bem como mais cinco povoações vizinhas .
As entradas, saques e destruições de povos feitas por este governador na Galiza, foram as mais notáveis que até àquele tempo tinha havido.
Estes factos referem-se principalmente às povoações galegas do vale de Chaves, onde mais de cinquenta experimentaram o gládio formidando e improviso do nosso governador.
Pelo seu lado, os espanhóis não ficavam apáticos, retorquiam na mesma moeda: entrando pelos lados de Bragança queimaram alguns lugares e recolheram grande presa.
Por ser curiosamente interessante a notícia que um escritor vizinho dá destas entradas, vamos apresentar a sua descrição no próprio original.
O governador da Puebla de Sanábria fez reunir a sua gente no dia 26 de Novembro de 1643, no lugar de Calabor, e à meia noite desse mesmo dia se puseram em marcha pela Campiça, termo de Aveleda «el camino real de Berganza» na direcção desta cidade. «Asi, salido el sol, entramos, diz o escritor que vamos seguindo, por el camino real de Berganza á vista de la ciudad y encontrando dos cortaduras en el camino, los salvamos. Iba la gente marchando tan derecha á Berganza por su camino real, que se persuadio llevabamos lá mira á ella. Disparou tres piezas, pero aprovechó poco para que no nos acercasemos á ella, tanto que á media legua no quemasemos un lugar llamado Zacoyas (Sacoias), de donde salió un capitan llamado Magallanes y peleó tan valientemente que de siete de á caballo se defendia hasta que habiendo- nos muerto un caballo de la compania de D. Alonso de Mella, el cayo muerto de un carabinazo y dos cuchilladas en la cabeza.
Pasamos adelante con pasmo de la ciudad, y casi á los muros de Berganza, les quemamos otro lugar llamado Barol (Baçal), rico y grande y que era el granero de Berganza. El pasmo en la ciudad fué grande, y mayor cuando pasamos adelante.
Dimos vista haciendo alto en una eminencia, y formando los escuadrones que veniam en trozos, enviamos al teniente de caballos Juan Dionisio de Santiago á que con 35 caballos y una manga de mosqueteria quemase los molinos de Alberos, debajo de las murallas de Berganza. (Estes moinhos são os ditos alveiros, isto é, de trigo, junto a Bragança e não os de alguma povoação de tal nome, como parece supor-se do texto, coisa que nunca houve).
Yá á este tiempo se divisaba muy bien la ciudad, sus casas y ventanas; todo era confusion y miedo, si bien nos salieron a hacer cara con 400 mosqueteros y 20 caballos que se estuvieron arrimados á su artilleria y murallas.
Desde este puesto descubri á mano derecha de la ciudad, tres hermosos y grandes y no menos ricos lugares: Olleros (deve ser Oleirinhos do Sabor, hoje anexa de Meixedo), Mejedo y Rabal: Mejedo tan rico que su abadia vale 3.000 cruzados; Rabal tan rico y grande, que solo el es la bodega de Berganza.
Luego se ordenó a D. Alonso de Mello que con su caballeria fuese pasando el rio Taber (Sabor) de Berganza y un puente á quemar á Oleros, que lo hizo en compania de D. Pedro de Benevides, D. Manuel de Benevides, D. Francisco Ramon y Esteban de Liñan con sus compañias: y pasando de alli toda la gente que avanzó al lugar de Mejedo, poderoso lugar que luego se entró e pegó fuego. Lo que fue de mas estima fué la casa del abad, que era el obispo de toda la tierra de Berganza , que en su opulencia, grandeza y regalo parecia un palacio grande de algun princepe, pues basta decir que solo volateria de pavos, gallinas, palomas y lavancos, que en su huerta, estanques y jardines tenia, participó toda la gente del ejercito, y apenas hubo soldado que no tuviesse que cenar aquella noche algo, en que se conoce que seria esta casa y lugar.
Desde este puesto se descobrió una hermosa colina de viñedo, y fuénos dicho que detras de ella havia un logar mayor y aun mas rico que este, llamado Tarragosa (Carragosa). Ordené luego al alferez Juan Guerrero, de la compania de caballos de D. Diogo Pescador, que con 25 caballos fuese abrigando al escuadron volante que yá caminaba allá. Hizose asi, y aclarando el lugar la caballaria entró la infanteria y le abrasó todo.
A este tiempo hubo voz que al lugar llamado Rabal, el más poderoso y rico de toda la jurisdiccion de Berganza donde se cuentan 600 pueblos, daba muestra el enemigo. A cuya voz acudiendo D. Pedro Moscoso, com su manga de mosqueteria... se huyó el enemigo á unas colinas muy altas y asperas e nos dejó en las manos el lugar de Rabal, tan rico de vino e lagares como grande, que a un mismo tiempo se le pegó fuego por cuatro partes, y en breve ardio como si fuese Troya.
Bajamos todos à lo bajo del, donde el incendio fue tanto que no se trabajo poco en defender las municiones de las chispas del fuego, y nos vimos forzados à caminar bien apartados del por de fueras para no ser participantes de su incendio.
Marchamos de aqui á un valle muy ameno, orilla de un rio, como una legua y fuimos á dar á un lugar no menos rico que este, si bien mas fuerte llamado Francia. Era como plaza de armas de su frontera; inacessible por estar coronado de tam empinadas y cortadas montañas, que los gatos apenas podran subir e bajar a el; solo tenia una entrada bien angosta ésta estaba en cortaduras, trincheiras y estacadas guarnecida; pero nuestra caballaria é infanteria de vanguardia á toda difficultad invencible, trepando por las peñas y gateando por los riscos, dieron vista al pueblo, y tal que los vecinos y demás gente que en el habia lo desampararon, retirandose á unos peñascos muy eminentes, donde nos dieron no pocas cargas, siendo su capitan su cura, preciado mas de campeon de esta frontera que de pastor de almas.
Pero á su vista, á pesar de sus balas, fue el pueblo arrasado y abrasado, sin quedar ni aun con paredes, solas de una hermita y su iglesia, que se echó bando pena de la vida que nadie hiciese daño á ermita é iglesia, ó olhaja suya ó persona que se acogiese á ella. Acabada esta empresa fuimos dando vuelta en torno hacia nuestra raya, enderezando nuestra marcha á un valle arriba, hacia un lugar llamado Portelo pequeno, pero el más fuerte de todos por ser puerta do Portugal para Castilla y Sanabria; todo el guarnecido de inacessibles montañas y por el lado un valle que más es foso y caba que entrada, y en el trincheras, empalizadas y cortaduras. Todo se venció y se entró en el pueblo, y fue puesta en polvo y cenizas como los demas, con que á puestas del sol nos hallamos en el lugar de Calabor, nuestro, de donde salimos al amanecer, sim haber comido ni bebido en todo el dia», recolhendo-se com quinhentos mil ducados de presa, segundo o cômputo do autor que vamos seguindo, além dos danos causados.

(Abade de Baçal, tomo I)

1758
Um aviso de 18 de Janeiro de 1758 do Secretário de Estado dos Negócios do Reino, Sebastião José de Carvalho e Melo, fazia remeter, através dos principais prelados, e para todos os párocos do reino, os interrogatórios sobre as paróquias e povoações pedindo as suas descrições geográficas, demográficas, históricas, económicas, e administrativas, para além da questão dos estragos provocados pelo terramoto de 1 de Novembro de 1755. As respostas deveriam ser remetidas à Secretaria de Estado dos Negócios do Reino.

Este lugar Se chama França
1. Fica na prouinçia de tras dos montes he Bispado de Miranda Comarca e termo da Cidade de Bragança tem freguezia propria, e he, felial da Rei¡toria do lugar de Rabal
2. este lugar he do Senhor Duque de Bragança
3. Tem quarenta uezinhos, e Çento e trinta pessoas
4. esta este lugar Situado entre hums altos montes em hum / Ualle angusto e delle Senaõ descobre nada
5. Tem termo de Seu e bem piqueno, e naõ Compriende mais
6. Tem Parochia no mesmo pouo, e naõ, tem mais aldeas
7. he orago S. Lourenço martir, tem a ?gre¡a huma naue Somente / e tres altares: hum do orago Sam Lourenço Com Sacrario / e outro altar de Nossa Senhora do Rozario; e outro de Christo CruÇificado
8. o Parocho he Cura aprezentado pello Rei¡tor do dito lugar de / Rabal; tem de Sua Congrua; Sete mil e quinhentos reis e mais / quarenta e hum alqueires de trigo e o mesmo de centeio, e / tem mais quatorze almudes de uinho tudo dado pello Se / nhor dos frutos
9. Nada
10. Nada
11. Nada
12. Nada
13. Tem huma ermida antiga Situada fora do pouo Com o / Titollo da Senhora da Emcarnaçaõ de Ual de ?gre¡as
Tem outra fora do mesmo pouo que he do martir / Santo Sebastiaõ estas Sam do mesmo pouo
14. Nada
15. O que Se Colhe neste pouo he, pam Centeio, e uinho, e al- / gumas frutas ordinarias Como Castanhas, e nozes etc.
16. Tem ?uis da uintena eleito pella Camera da Çidade de Bragança
17. Nada
18. Nada
19. Nada
20. Naõ tem Correio, mas Serue Se pello de Bragança que dista / deste lugar duas legoas.
21. Dista este lugar da Çidade de miranda Capital do Bispado des legoas / e oitenta da Çidade de Lisboa Capital do Rei¡no
22. - 23 - 24 - 25 - 26 - 27 Nada
Da Serra naõ tenho que dizer Dorrio
1. Passa por este pouo o rio Sabor Cu¡o nome Sempre Consta / que tem Conseruado: tem Sua origem no alto da serra da gamoeda / de humas fontes entre a raia de Portugal e Castella que dista / deste lugar [1] tres legoas
2. Corre este Rio todo o discurso do anno, porem nos tempos imuerno / zos Com mais força pellas neues da Serra
3. Nada
4. Nada
5. he o dito Rio rapido em Seu Curso pella deçida agreste tras da Serra
6. Corre este Rio do norte para o Sul
7. Cria o dito Rio algumas trutas (e de exçelente gosto) e alguns / peixes ordinarios
8. Nada
9. Nada
10. Desda origem deste rio inthé este pouo he, incultiuauel pellos / grandes rochedos e muito má terra, pois naõ tem Senaõ fragas / em este pouo se Cultiua as margens do dito Rio Sabor
11. Dizem algums medicos que os uanhos deste rio Sam ex / Çelentes para algumas queixas: Como algums tem experimentado //
12. Sempre tem Conservado este nome Sabor
13. emtra este rio no Douro ao pe da Torre de Moncoruo
14. em este termo deste pouo Somente tem huma ponte de madeira
15. e muitos mais que tenho notiçia que no dito rio humas de ma / deira e outra de pedra
16. Somente tem moinhos ordinarios de moer pam
17. Nas marges deste rio defronte do pouo para a parte do Norte / Caras ao Sul, ha, muitas
pedreiras e muitos buracos a modo / de minarais antigos e muita parte do termo do dito pouo minado / Com uestigios de Condutos da agoa para a fabrica dos minarais / e Conforme Se mostra pellos uestigios pareçem Ser algumas minas / de ferro: porem ho¡e nada Se fabrica nem em estes pre / zentes tempos há quem dé noticias destas fabricas
18. Tira este pouo agoa do dito rio libremente para a Cultura de Seus frutos / Este rio Sabor dista deste pouo ao alto da Serra da gamoeda donde / tem Sua origem tres legoas: e deste dito pouo a uilla da Torre / de Moncoruo ou Seu termo donde dizem que Se mete no Rio / Douro dezaseis legoas: e naõ Sei que mais pouos toque este rio / isto he o que Sei humas Cousas pellos uiuer e apegar, e outras / pellas notiçias que tenho Sertas: e para Constar
aonde pertençe / fis este que asignei em França de mai¡o 20 de 1758 annos O Cura de França Padre Joaõ Affonso da Serra

1801
CENSOS
35 fogos, 71 homens e 80 mulheres
Total de habitantes 151

1807
Invasão francesa
Em 1807 mandou Napoleão, imperador dos franceses, invadir Portugal pelo seu marechal Junot, por esta nação não aderir ao bloqueio continental, medida impolítica que foi a sua ruína, quando supunha que seria a da Inglaterra, por fechar às suas mercadorias os portos da Europa.
D. João VI, então rei de Portugal, fugiu para o Brasil, deixando o reino entregue a uma junta de governadores.
Com os franceses vinham também os espanhóis, então seus aliados. A província de Trás-os-Montes foi, ainda assim, a mais poupada na incursão destes ferozes devastadores, talvez porque Junot e Taranco, general espanhol, não chegaram a acordo relativamente ao seu governo.
Um e outro para aqui mandaram ordens que pouca execução tiveram.
Também cá penetraram alguns destacamentos espanhóis a pretexto de procurar desertores.
Junot, tendo em vista aniquilar todos os meios de resistência da nação portuguesa, por decreto de 11 de Janeiro de 1808 mandou recolher todas as armas ao arsenal de Lisboa e licencear as tropas de linha, operando assim o desarmamento geral da nação; mas as da nossa província por cá ficaram, o que depois foi de grande vantagem para auxiliar o levantamento geral contra os franceses.
O exército português foi depois reorganizado por decreto dos governadores do Reino de 30 de Setembro de 1808, que mandava recolher, o mais breve possível, aos seus antigos quartéis, todos os oficiais, oficiais inferiores, soldados e tambores, voltando assim Bragança a ter os corpos de infantaria nº 24 e cavalaria nº 12.
Por alvará de 15 de Janeiro de 1810 cuidaram os mesmos governadores do recrutamento militar, e segundo ele a província de Trás-os--Montes fornecia recrutas para os dois já ditos regimentos de Bragança, e para infantaria 12 em Chaves, caçadores 3 em Vila Real e 5 em Miranda do Douro.
As crueldades cometidas pelos franceses em Portugal foram inauditas!
O roubo, a violência, o morticínio com requintes da mais desumana barbaridade, o sacrilégio e a prepotência, exercendo-se omnimodamente, eram insuportáveis: as igrejas profanadas e roubadas, com assomos de malvadez só própria de bandidos da pior espécie; delas faziam estrebarias, dos altares manjedoiras e dos santos estilhas para cozinharem o rancho!
Não se atendia a idade nem a sexo: velhos, crianças e mulheres, nada escapava ao furor destes vândalos do século XIX.
A gente portuguesa fugia para os montes abandonando tudo; mas lá mesmo era perseguida: mulheres e raparigas achadas naquelas habitações selvagens eram obrigadas a sujeitar-se às mais desenfreadas paixões para evitar a morte, e algumas vezes se viram assassinadas pelos tigres a quem tinham acabado de satisfazer seus brutais apetites .
É por isso que um contemporâneo e bragançano ilustre dizia que o proceder destes invasores devia «fazer recahir sobre o nome francez um odio inextinguivel até ás mais remotas gerações». Deles refere notomo 117, p. 273, prova 69 da sua obra, geralmente cheia das atrocidades francesas, crimes verdadeiramente assombrosos, que ombream em perversidade com os mais requintadamente bárbaros memorados na história.
Mas já agora cedamos o lugar a um outro nosso ilustrado conterrâneo que, melhor do que nós, sintetize o pensamento que temos em vista. «A terceira invasão francesa, diz ele, causou um coro imenso de dores, de desonras, ignominias, afrontas, ultrages, perdas, prejuízos e danos. As tropas da divisão do fero Loison não combatiam e não luta-vam, saqueavam e violavam; á sua rectaguarda só ficavam as cinzas do incêndio, os detroços do saque e as lágrimas dos violentados»).
A extrema rapacidade das hordas napoleónicas deixou na nossa literatura o conhecido rifão: — isto é roupa de franceses.
Demais, no intuito de desnacionalizar o sentimento da pátria procuravam destruir quanto pudesse evocá-lo e tentando lisonjear-nos ao mesmo tempo, o bronco Junot, que se arrogava fumaças de dador da paz em Portugal e portador da nossa idade de ouro, na sequência de uma brutalidade ultra-tarimbeira, incapaz de compreender a grandeza da epopeia portuguesa, prometia para cada província um Camões!!!
Tantos insultos enchem por fim a taça do sofrimento e esgotam a paciência nacional. Ao mesmo tempo a Espanha, que ia achando insuportável o jugo de tão tirânicos aliados, rompe por toda a parte contra eles. Portugal e Espanha fraternizam em igual comunhão de sentimentos...
...Ainda assim, sabe-se que em Junho de 1809 o exército de Soult, concentrado nas proximidades de Puebla de Sanábria, lançou um reconhecimento sobre Bragança, não ultrapassando a povoação de Rabal, a sete quilómetros desta cidade. A tradição local ainda refere os horrores cometidos pelos franceses na povoação de França, contígua à de Rabal, ao que se refere o seguinte documento que, por desconhecido, aqui arquivamos: «Diz o juiz da igreja, e mais povo do lugar de França que na nefanda desgraça que occasionaram os inimigos, além de outras notaveis perdas também tiverão as dos livros de sua igreja, assim fazendo- se essencialmente necessarios os assentos dos baptizados, e cazamentos, ao menos, d’aquellas pessoas, que por informação de outras melhor se puder averiguar P. A. V. Srª Sr. D.or V.o G.al seja servido dar comissão ao seu R.do Parocho para lançar em livros destinados n’esse fim os mencionados assentos. E. R. M.cê. Despacho. Pela presente dou comissão ao R.do Parocho para que tomadas as obrigaçoens necessarias e segundo o resultado das mesmas abra os assentos competentes nos livros respectivos, e nos mesmos fará resistar este. Bragança 15 de outubro de 1809. Morais».
Depois, logo em seguida e antes do primeiro assento, tem: «Livro dos assentos dos baptizados do lugar de França, freguezia de S. Lourenço, abertos de novo pela comissão retro, por serem queimados os antigos pelo inimigo». Consta, pois, este documento do livro dos baptizados da freguesia de França, relativo ao ano acima (fl. 1).
Também referente ao mesmo se encontram no livro dos óbitos da freguesia de Rabal, relativo ao ano de 1809 (fl. 169 v. e 170), os assentos de Estêvão Afonso e Francisco Lourenço, naturais de Rabal, nos quais se declara que foram mortos pelos franceses nos dias 25 e 26 de Junho de 1809 no termo de Calabor, Espanha, povoação confinante
da de França. Ao actual pároco de Rabal e França, José Miguel Machado, um sacerdote ilustrado e digno, agradecemos a boa vontade com que nos facilitou a inquirição destas notícias nos livros do registo das suas freguesias.
Na Gazeta de Bragança, de 25 de Abril de 1909, transcrevemos um assento de baptismo que se encontra nos livros de Montesinho, freguesia de França, feito a 6 de Fevereiro de 1809 de uma menina de uns espanhóis nobres, a julgar pelo longo estendal de avós que ostenta até à nona geração, tanto pelo lado paterno como materno, por nos parecer que essa família se encontraria aí retirada em razão da guerra.
Quanto aos dois homens de Rabal, mortos pelos franceses, contou-nos um velho, por o ouvir dizer a seus pais, que esses ferozes devastadores os tinham levado da povoação carregados de vinho, como se fossem jumentos, e chegando ao termo de Calabor, barbaramente os mataram, porque, já extenuados, não puderam aguentar mais
adiante!!!
Nem só estes rastos de sangue deixaram esses inclementes assassinos!
Em Montesinho mataram outro homem...

(Abade de Baçal, tomo I)

1843
Nas margens do Sabor, defronte do povo de França para a parte do Norte, há muitas pedreiras antigas e muitos buracos a modo de minas antigas e muita parte do terreno do dito povo minado com vestígios de conducto de água para a fábrica do minério que por alguns vestígios parece ser de ferro; porém, hoje nada se fabrica nem nos tempos presentes há quem dê notícias destas fábricas .
O chumbo, diz Macedo Pinto, no estado de sulfureto (galena dos mineralogistas) é muito frequente no distrito de Bragança. Possuímos exemplares trazidos de Ventozelo, Vilar de Rei, Chacim, Estevais, Castelo Branco, Carrazeda, França, Aveleda, Conlelas, Quintanilha e outros.
As areias do Sabor, diz Sá, junto ao lugar de França, envolvem em si ouro puro. Por aqueles sítios observei também estanho em abundância.
O Sabor, junto a França, é riquíssimo porquanto das suas areias se colhe ouro puro de que há poucos anos se aproveitou um sujeito da Corte que fez aí um trabalho notável com bastante lucro.
Muita gente se recorda ainda hoje em França de, pelos anos de 1874, virem mulheres extrair ouro por meio de lavagens das areias do Sabor, junto à sua povoação.Macedo Pinto, lugar citado, refere também a tradição relativa à extracção do ouro das areias do rio junto a França.
Em portaria de 13 de Maio de 1843 foi concedida a Francisco José da Cruz, como representante da Companhia de Mineração estabelecida na cidade do Porto, a mina de ferro do sítio da Cavages e suas ramificações em direitura à Malhada da Roca, limite de França.
Em portaria de 20 de Setembro de 1873 foi concedido a Adolfo Leuschner o diploma de descobridor legal da mina de chumbo da Fonte Cova, limite de França. Parece que a área desta mina ficava perto da ponte sobre o Sabor, junto à povoação. Outra portaria de 10 de Outubro de 1878 fezlhe concessão provisória da mesma mina.
Em portaria de 4 de Abril de 1873 se concedeu o diploma de descobridor legal da mina de estanho do Vale da Formiga, limite de França, à «Companhia de Mineração de Estanho de Trás-os-Montes». A área desta mina, que é diversa da Chaira da Cruz, limite de Montesinho, com a qual entestava, era compreendida entre o sítio da Cruz, Fraga do Valle e Chaira da Cruz. Perderam depois o direito a esta mina.
«No povo de França, concelho de Bragança, descobriu-se ultimamente uma mina de ouro e outra de estanho em Montesinho» (893).
Sobre a lavra dos minérios de ouro de França, que dura desde 1908 com grande actividade pelos irmãos António e Manuel Cardoso Pinto.

(Abade de Baçal, tomo II)

1849
CENSOS
67 fogos, 185 homens e 151 mulheres
Total de habitantes 336

1873
FRANÇA—freguezia, Traz-os-Montes, comarca e concelho de Bragança, 480 kilometros
ao N. de Lisboa, 80 fogos.
Em 1757 tinha 40 fogos.
Orago S. Lourenço, martyr.
Bispado e districto administrativo de Bragança.
É freguezia antiga, pois já existia em 1356.

(Portugal antigo e moderno)

1880
Escolas do Ensino Primário no Município de Bragança (1839-1910)
São criadas escolas primárias em França, Grijó de Parada, Sortes, Mós, Babe e Izeda.

(Bragança na época contemporanea)

1934
Em 1934, criaram-se os seguintes postos de ensino: Macedo do Mato, Paradinha do Outeiro, Paçó de Outeiro, Paradinha Nova, Refega, Picões, Colmeais, Pombal, Sendim da Serra, Campelos, Samorinha, Brunheda, Especiosa, Aldeia Nova, Freixiosa, Cicouro, Águas Vivas, Fonte de Aldeia, Prado Gatão, Bronceda, Variz, Santiago, Zava, Cabeça de Mouro, Macieirinha, Nozelos, Arco, Lodões, Alagoa, Vale de Serapicos (freguesia de Vale de Frades), Cerdedo, Seixas, Rio de Fornos, Sendim (freg. de Edral), Montesinho
(freg. de França). E criaram-se cursos nocturnos para adultos em Sambade, Bragança (Santa Maria e Sé), Alfaião, Outeiro, Parada (concelho de Bragança), Peredo (Macedo), Mirandela, Mogadouro, Peredo (Mogadouro), Peredo (Moncorvo), Caropos e Quirás.

OUTRAS COISAS:
As Minas de França distribuem-se por uma vasta área, apresentando várias frentes de exploração, ao longo da encosta e do topo do grande monte localizado imediatamente a Noroeste da aldeia de França.
A exploração do ouro aqui existente era feita por trincheiras e cortas, e também por galerias e poços, havendo ainda registos de época recente de exploração das próprias areias do Rio Sabor.
Na linha de cumeada existe um grande tanque subcircular. Na encosta perto da aldeia há registo da existência de escoriais, associados a materiais de época romana. Partindo de França para Oeste, existe a chamada estrada do viveiro das trutas, que dá acesso actual à aldeia de Montesinho.
Numas rochas contíguas à estrada fica o chamado Penedo Furado, que é uma rocha com uma pequena galeria que a atravessa de um lado ao outro, paralelamente à estrada. Segundo a explicação da população local, faria parte de uma conduta de água que levaria à actual zona da aldeia e que seria usada para lavagem das areias do rio. A zona da presumível conduta encontra-se fortemente erosionada e tapada por mato, apenas se observando pontualmente um pequeno muro.
Actualmente, a observação pormenorizada das minas é bastante complicada, pois quase toda a zona se encontra coberta de mato denso.

(Portal do arqueologo)

Fidalgos de Carragosa,
Malhadores de Montesinho
Carvoeiros de Soutelo
E cavadores de Vilarinho.
Cucos de Terroso,
Orelhudos de Espinhosela;
Carunheiros de Oleiros,
Caga-tascas de Portela.
Cerejeiros de Donai,
Os de Vila Nova salseiros;
Cevados de Carrazedo,
Em Nogueira ceboleiros
E no Zoio carvoeiros.
Caborcados de Labiados,
FRANÇA
Esperta-bois de Vale de Lamas,
Os de França são coelheiros;
Fonte Seca os de Sacoias
E os de Varge carvoeiros.
Cadelos de Meixedo,
Assoalhados de Baçal;
Carvoeiros de Aveleda
E passa-pontes de Rabal.
Louvados de Gostei,
Vassoureiros de São Pedro;
Telheiros do Castro,
Caroços de Carocedo
E mundaneiras de Viduedo.
Subiotes são de Sortes,
Burra-queda na Sarzeda;
Capadeiras em Rebordãos,
E tranca-portas de Izeda.
São burra branca em Castanheira
Laregos os de Paçó;
Bugalhudos em Santa Comba,
Cevados os de Grijó
E os de Vila Boa bilhó.
Laregos em Alimonde,
E também em Freixedelo;
Carvoeiros de Serapicos,
Ervoeiras de Portelo.
FRANÇA
Burros brancos de Faílde,
Pucareiros de Pinela;
Escaravelhos de Calvelhe,
Resmungões de Caravela.
Chedes de Coelhoso,
Cucos da Paradinha;
Arraiocos de Paredes
Pica-peixes de Quintanilha.
Desateta bezerros de Outeiro
Gorretas de Milhão;
Calouros de Babe,
Lagartos de Alfaião.
Moscardos de Palácios,
Estoura-jugos de São Julião:
Arraiolos da Refega,
Quebra-cornais de Deilão.
Os medeiros são de Samil,
Os mudos de São Pedro;
As raparigas de Faílde
E os rapazes de Carocedo .
Pinela, cai-le a panela,
Paredes, bem o vedes:
Parada não dá nada ,
Rebordãos, atavãos,
Pica-bois de Viduedo,
Boa gente a de Moredo.
A fome gerou-se em Sendas.
Foi baptizar a Paçó;
Morrer a Paredes
E enterrar a Grijó.

Compilação de Fernando Jorge Gonçalves
12 de julho de 2016

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